A assembleia do SINFERP realizada
na noite de ontem, na sede da entidade em Osasco, transformou-se em um proveitoso
encontro regado a discussões francas e abertas entre os presentes. Falou quem
quis, quando quis e como quis, na liberdade de expressão assegurada na pauta contida
no informativo divulgado, e que convidava ferroviários de todas as linhas,
assim como dirigentes de todos os sindicatos ferroviários de base.
Quanto aos sindicatos, presentes
apenas dois representantes do Sindicato da Central do Brasil de São Paulo –
Cavalcanti e Floriano – que lembraram as lutas por eles movidas junto a
Éverson Craveiro no decorrer do difícil ano em curso, quando da prolongada
negociação do ACT. Diante das medidas adotadas por Izac de Almeida em relação
ao SINFERP, e a possibilidade de o SINFERP tornar-se o quarto sindicato
ferroviário da base CPTM, Cavalcanti defendeu a necessidade de uma “categoria
única”, mais do que a de um sindicato único.
O SINFERP apresentou o projeto
maior da entidade, apontando para quatro frentes: o SINFERP Sindical, SINFERP
Cidadão, SINFERP Cultural e SINFERP Político, pelo último entendendo as
interfaces da entidade com partidos e centrais sindicais, preservando, porém,
completa independência em relação a eles.
A nova correlação de forças foi
discutida, bem como a necessidade de verdadeira renovação diretiva nos
sindicatos de base, além das possibilidades de sucesso das oposições, lembrando
que os sindicatos oficiais sustentam-se eleitoralmente pelo grande contingente
de associados aposentados. Nessa medida, disse o SINFERP ser “a única entidade
que pode ser disputada pelos ativos, pois, sem passivo histórico, não conta com
associados aposentados”.
Da pauta anunciada, o SINFERP só
não foi capaz de apresentar as suas contas. Isso se deveu ao fato de o
tesoureiro do SINFERP - que migrou para apoiar a nova presidência do Sindicato
dos Ferroviários da Sorocabana, junto a outros dois - ter com ele levado toda a
documentação contábil do SINFERP e, apesar de solicitada por Éverson, não foi
devolvida à entidade nem mesmo para ser apreciada pelos presentes na
assembleia.
Apesar de fartamente divulgada a
participação foi pequena. Quanto a isso, o SINFERP fica satisfeito por ter
feito a sua parte, abrindo espaço para discussão sobre temas de grande relevância
para o presente e futuro da categoria, e divulgado o evento por todas as formas
que pode. Foi quem quis, participou quem quis, e do jeito que quis.
O SINFERP agradece aos
participantes.