sábado, 23 de fevereiro de 2013

O acidente de Campos do Jordão: "culpa" do motorneiro? Assista o vídeo, e tire as suas conclusões.

Assista o vídeo abaixo. Produção da Band Cidade, e que foi ao ar em 22/02/2013. Ouça os depoimentos e fique atendo às imagens da via permanente (trilhos e dormentes) tomadas em locais próximos ao acidente, e no período do acidente (depois da "modernização", anunciada antes do acidente, pelo governo do Estado de São Paulo). Conclua, pelo que irá ver e ouvir, se a "culpa" foi do motorneiro (maquinista), como anunciado pela Estrada de Ferro Campos do Jordão. Ah, sim: a sindicância foi conduzida pela CPTM. Agora, resta torcer para que a polícia civil seja séria e isenta em suas investigações, e que o promotor seja rigoroso e isento em seu trabalho.



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Mais uma morte na CPTM


Suzano - SP
Em 26 de dezembro de 2012 morreu eletrocutado  trabalhador de empreiteira que presta serviços para a CPTM. O acidente ocorreu na linha 11, ao que sabemos nas proximidades da estação de Suzano, sob o viaduto Ruy Mizuno – km 36 poste 16.

O ocorrido é “velho” (lembrando que notícias são mais perecíveis do que peixes fora do congelador), mas a informação é “nova”, e está à disposição da imprensa, se interessada em obter esclarecimentos junto a CPTM, embora, caso  confirme, será a conversa de sempre: 1) abriu sindicância; 2) polícia investigou e 3) concluíram que o trabalhador morto foi responsável pela própria morte.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Ferroviários a serviço das terceirizadas

Desta vez a CPTM passou dos limites. Agora, além de cumprir suas funções, os ferroviários da área de manutenção de trecho precisam prestar serviços para  as terceirizadas de segurança, informando se existem pessoas estranhas na faixa de domínio. Ora, para que contratam empresas "cochilantes"?

Não é de duvidar que, logo mais, queira que os ferroviários da área de manutenção de trecho expulsem ou enquadrem os "estranhos".

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Ferrovia pagará R$ 100 mil por maquinista trabalhar 8h sem pausa


Um maquinista que tinha a obrigação de pressionar um dispositivo de segurança a cada 45 segundos no painel enquanto conduzia a locomotiva durante oito horas seguidas - sem poder parar nem para fazer necessidades fisiológicas - receberá R$ 100 mil de indenização da MRS Logística, segundo informações do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

De acordo com o TST, o homem, que trabalhou por 15 anos na empresa, alegou que tinha de fazer suas necessidades com o trem em movimento, utilizando garrafas plásticas, sacolas ou jornais forrados no assoalho, jogando dejetos pela janela. Laudos periciais revelaram que não havia previsão de parada da locomotiva. Além das necessidades, o homem também tinha de fazer suas refeições em pé, enquanto trabalhava.

Após ser dispensado em 2011, o ferroviário resolveu entrar com uma ação pedindo, no mínimo, R$ 60 mil em indenização. Contudo, após a 2ª Vara do Trabalho julgar o pedido improcedente, o Tribunal Regional de Trabalho de Minas Gerais condenou a empresa à indenização de R$ 100 mil. A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve a decisão.

Terra entrou em contato com a MRS Logística que afirmou "que não vai se pronunciar sobre o assunto".
Terra – 15/02/2013

Comentário do SINFERP

Bem, são as tais concessionárias...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

As demissões de diretores do SINFERP e a situação da categoria


Esclarecimentos para os ferroviários das linhas 8 e 9 da CPTM

Éverson Paulo dos Santos Craveiro (Nenê), presidente do SINFERP, foi demitido? Foi. Assim como Evângelos Loucas e Alessandro Viana, até o momento desta publicação.  A CPTM pode fazer isso? Ela entende que sim, e nós entendemos que não, mas isso será debatido e decido no âmbito jurídico.

Em que se baseia a CPTM para tomar tal medida? No simples fato de ter vencido o prazo de estabilidade de emprego dessas pessoas, a saber, um ano depois do término do mandato que tinham na condição de dirigentes do Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana?

Mas e o SINFERP? Até o momento não foi expedida a carta sindical do SINFERP.

Ficamos sem representação sindical nas linhas 8 e 9 da CPTM? Não, pois essas linhas continuam e continuarão sendo base de representação do Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana (SINFER), que não tem nenhum conflito com o SINFERP.

E quem vai defender a pauta de reivindicações dos ferroviários das linhas 8 e 9 na mesa de negociação? Alguns dos recém demitidos, amparados por procuração do Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana, e referendados pelos participantes da assembleia que aprovou a pauta de reivindicações.

Isso é possível? Claro que sim, pois, se não fosse, o lado patronal obrigatoriamente teria que estar composto por diretores da CPTM. Como a empresa pode até mesmo contratar um consultor externo para representá-la na mesa, o sindicato e os trabalhadores podem adotar a mesma medida. Afinal, se não cabe ao sindicato e trabalhadores a escolha do representante da empresa, não cabe a ela a escolha do representante do sindicato e dos trabalhadores.

E se a CPTM criar caso? Também nós criaremos. Negociação pressupõe equilíbrio de forças, de direitos e deveres. Se o presidente do Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana  tiver que sentar-se a mesa de negociação, para representar os trabalhadores, a CPTM terá que fazer-se presente por seu presidente para representar a empresa.  Equilíbrio.

Ah, mas demitir sindicalistas depois do término do prazo de estabilidade é “comum”. Pode ser comum, mas não aceitável. Em empresas privadas “dizem” que “faz parte do jogo capital-trabalho”. Uma excrecência, pois desmantela a organização legal e legítima dos trabalhadores. No caso da CPTM, porém, não cabe nem mesmo a lógica capital-trabalho, pois o “patrão” é o Estado. Quando o próprio governo chama para si práticas do capital, nas relações de trabalho, está decretado o fim do Estado como modelo de civilidade nas garantias das organizações sociais, dentre elas a organização do trabalho.

Se essa “moda pega” no Estado, amanhã estarão na rua os membros de CIPA, e tantos outros que assumem funções de representação de defesa de direitos e interesses dos trabalhadores.  Uma coisa é demitir, outra é usar a demissão como revanche contra os que exerceram papéis delegados.

No que os dirigentes do SINFERP incomodam a CPTM? Não aceitaram e continuarão não aceitando que os ferroviários mortos nos trilhos sejam responsabilizados pelas próprias mortes. Que maquinistas sejam demitidos apenas para acalmar a inquietação pública diante de falhas e acidentes. Que persista empresa e governo em procurar “culpados” para seus problemas, no lugar de assumir a própria responsabilidade.

As demissões farão com que o SINFERP deixe de existir, e seus dirigentes recuem na missão de defender ferroviários e usuários de trens metropolitanos? Não. Apenas motivam a continuidade de suas ações, muitas delas com pleno direito pelo fato do SINFERP ser uma sociedade civil, ainda que no momento sem a carta sindical. Enquanto atua, o SINFERP aguarda a expedição da carta sindical.

O que podemos fazer? Acompanhar o andamento da negociação pelos informes impressos e digitais. Comparecer às assembleias sempre que convocados. Manter contato permanente com seus representantes. Habituar-se a visitar as mídias digitais do sindicato, informar e-mails pessoais para receber notícias, e colaborar sempre que possível.

Como podem notar os ferroviários das linhas 8 e 9 nada muda, nada.