segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
sábado, 23 de fevereiro de 2013
O acidente de Campos do Jordão: "culpa" do motorneiro? Assista o vídeo, e tire as suas conclusões.
Assista o vídeo abaixo. Produção da Band Cidade, e que foi ao ar em 22/02/2013. Ouça os depoimentos e fique atendo às imagens da via permanente (trilhos e dormentes) tomadas em locais próximos ao acidente, e no período do acidente (depois da "modernização", anunciada antes do acidente, pelo governo do Estado de São Paulo). Conclua, pelo que irá ver e ouvir, se a "culpa" foi do motorneiro (maquinista), como anunciado pela Estrada de Ferro Campos do Jordão. Ah, sim: a sindicância foi conduzida pela CPTM. Agora, resta torcer para que a polícia civil seja séria e isenta em suas investigações, e que o promotor seja rigoroso e isento em seu trabalho.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Mais uma morte na CPTM
Em 26 de dezembro de
2012 morreu eletrocutado trabalhador de empreiteira que presta serviços
para a CPTM. O acidente ocorreu na linha 11, ao que sabemos nas proximidades da
estação de Suzano, sob o viaduto Ruy Mizuno – km 36 poste 16.
O ocorrido é “velho”
(lembrando que notícias são mais perecíveis do que peixes fora do congelador),
mas a informação é “nova”, e está à disposição da imprensa, se interessada em
obter esclarecimentos junto a CPTM, embora, caso confirme, será a
conversa de sempre: 1) abriu sindicância; 2) polícia investigou e 3) concluíram
que o trabalhador morto foi responsável pela própria morte.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Ferroviários a serviço das terceirizadas
Desta vez a CPTM passou dos limites. Agora, além de cumprir suas funções, os ferroviários da área de manutenção de trecho precisam prestar serviços para as terceirizadas de segurança, informando se existem pessoas estranhas na faixa de domínio. Ora, para que contratam empresas "cochilantes"?
Não é de duvidar que, logo mais, queira que os ferroviários da área de manutenção de trecho expulsem ou enquadrem os "estranhos".
Não é de duvidar que, logo mais, queira que os ferroviários da área de manutenção de trecho expulsem ou enquadrem os "estranhos".
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Ferrovia pagará R$ 100 mil por maquinista trabalhar 8h sem pausa
Um maquinista que tinha a
obrigação de pressionar um dispositivo de segurança a cada 45 segundos no
painel enquanto conduzia a locomotiva durante oito horas seguidas - sem poder
parar nem para fazer necessidades fisiológicas - receberá R$ 100 mil de
indenização da MRS Logística, segundo informações do Tribunal Superior do
Trabalho (TST).
De acordo com o TST, o homem, que trabalhou por 15 anos na empresa,
alegou que tinha de fazer suas necessidades com o trem em movimento, utilizando
garrafas plásticas, sacolas ou jornais forrados no assoalho, jogando dejetos
pela janela. Laudos periciais revelaram que não havia previsão de parada da
locomotiva. Além das necessidades, o homem também tinha de fazer suas refeições
em pé, enquanto trabalhava.
Após ser dispensado em 2011, o
ferroviário resolveu entrar com uma ação pedindo, no mínimo, R$ 60 mil em
indenização. Contudo, após a 2ª Vara do Trabalho julgar o pedido improcedente,
o Tribunal Regional de Trabalho de Minas Gerais condenou a empresa à
indenização de R$ 100 mil. A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
manteve a decisão.
O Terra entrou em contato com a MRS Logística que
afirmou "que não vai se pronunciar sobre o assunto".
Terra – 15/02/2013
Comentário
do SINFERP
Bem, são as tais
concessionárias...
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
As demissões de diretores do SINFERP e a situação da categoria
Éverson Paulo dos Santos Craveiro
(Nenê), presidente do SINFERP, foi demitido? Foi. Assim como Evângelos Loucas e
Alessandro Viana, até o momento desta publicação. A CPTM pode fazer isso? Ela entende que sim,
e nós entendemos que não, mas isso será debatido e decido no âmbito jurídico.
Em que se baseia a CPTM para
tomar tal medida? No simples fato de ter vencido o prazo de estabilidade de
emprego dessas pessoas, a saber, um ano depois do término do mandato que tinham
na condição de dirigentes do Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana?
Mas e o SINFERP? Até o momento
não foi expedida a carta sindical do SINFERP.
Ficamos sem representação
sindical nas linhas 8 e 9 da CPTM? Não, pois essas linhas continuam e
continuarão sendo base de representação do Sindicato dos Ferroviários da
Sorocabana (SINFER), que não tem nenhum conflito com o SINFERP.
E quem vai defender a pauta de
reivindicações dos ferroviários das linhas 8 e 9 na mesa de negociação? Alguns
dos recém demitidos, amparados por procuração do Sindicato dos Ferroviários da
Sorocabana, e referendados pelos participantes da assembleia que aprovou a
pauta de reivindicações.
Isso é possível? Claro que sim,
pois, se não fosse, o lado patronal obrigatoriamente teria que estar composto
por diretores da CPTM. Como a empresa pode até mesmo contratar um consultor
externo para representá-la na mesa, o sindicato e os trabalhadores podem adotar
a mesma medida. Afinal, se não cabe ao sindicato e trabalhadores a escolha do
representante da empresa, não cabe a ela a escolha do representante do
sindicato e dos trabalhadores.
E se a CPTM criar caso? Também nós
criaremos. Negociação pressupõe equilíbrio de forças, de direitos e deveres. Se
o presidente do Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana tiver que sentar-se a mesa de negociação, para
representar os trabalhadores, a CPTM terá que fazer-se presente por seu
presidente para representar a empresa.
Equilíbrio.
Ah, mas demitir sindicalistas
depois do término do prazo de estabilidade é “comum”. Pode ser comum, mas não
aceitável. Em empresas privadas “dizem” que “faz parte do jogo
capital-trabalho”. Uma excrecência, pois desmantela a organização legal e
legítima dos trabalhadores. No caso da CPTM, porém, não cabe nem mesmo a lógica
capital-trabalho, pois o “patrão” é o Estado. Quando o próprio governo chama
para si práticas do capital, nas relações de trabalho, está decretado o fim do
Estado como modelo de civilidade nas garantias das organizações sociais, dentre
elas a organização do trabalho.
Se essa “moda pega” no Estado,
amanhã estarão na rua os membros de CIPA, e tantos outros que assumem funções
de representação de defesa de direitos e interesses dos trabalhadores. Uma coisa é demitir, outra é usar a demissão
como revanche contra os que exerceram papéis delegados.
No que os dirigentes do SINFERP
incomodam a CPTM? Não aceitaram e continuarão não aceitando que os ferroviários
mortos nos trilhos sejam responsabilizados pelas próprias mortes. Que
maquinistas sejam demitidos apenas para acalmar a inquietação pública diante de
falhas e acidentes. Que persista empresa e governo em procurar “culpados” para
seus problemas, no lugar de assumir a própria responsabilidade.
As demissões farão com que o
SINFERP deixe de existir, e seus dirigentes recuem na missão de defender
ferroviários e usuários de trens metropolitanos? Não. Apenas motivam a
continuidade de suas ações, muitas delas com pleno direito pelo fato do SINFERP
ser uma sociedade civil, ainda que no momento sem a carta sindical. Enquanto
atua, o SINFERP aguarda a expedição da carta sindical.
O que podemos fazer? Acompanhar o
andamento da negociação pelos informes impressos e digitais. Comparecer às
assembleias sempre que convocados. Manter contato permanente com seus
representantes. Habituar-se a visitar as mídias digitais do sindicato, informar
e-mails pessoais para receber notícias, e colaborar sempre que possível.
Como podem notar os ferroviários
das linhas 8 e 9 nada muda, nada.
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