Exceto pelo pequeno número de
participantes (considerando o número de ferroviários da CPTM), foi boa a
assembleia da noite desta segunda-feira (20/05), em frente à estação Julio
Prestes.
No plano dos informes,
praticamente nada de novo desde a assembleia de Osasco (06/05). Exceto conversas informais entre a CPTM e
sindicatos que com ela negociam, oferecendo uma cenourinha aqui e outra ali,
mas insistindo na posição que os sindicatos é que devem apresentar formalmente
à ela, CPTM, o que ela mesma DIZ à eles aceitar.
Ferroviários e diretores do
Sindicato da Central do Brasil entenderam e decidiram nem mesmo apreciar a
proposta da CPTM, uma vez que ela formalmente inexiste. O presidente da CPTM,
em pessoa, ligou para o presidente do Sindicato da Central do Brasil, no Rio de
Janeiro, procurando envolver a entidade com a tal proposta informal, mas nada
disso foi aprovado na assembleia de ontem (20/05).
Não sabemos e nem nos cabe saber
como os sindicatos dos Engenheiros e de São Paulo irão conduzir a tal
“proposta”. O Sindicato da Central do Brasil não reconhece a proposta informal
da empresa, e tampouco irá torna-la sua para apresentar de volta à CPTM. O
Sindicato da Sorocabana continua, por não aceitar o prato feito inicial da
empresa, de fora da negociação, e ela por recusa-se a negociar com o Sindicato
da Sorocabana em local público, coisa que o Metrô tem feito com o Sindicato dos
Metroviários.
Na prática, portanto, a situação
é a mesma: três sindicatos manifestando o desejo de REABRIR a negociação, e o
Sindicato da Sorocabana o de ABRIR a negociação.
No campo das composições, porém,
ao menos nas aparências, e até agora, ficam de um lado os sindicatos dos
Engenheiros e o de São Paulo, e de outro os sindicatos da Sorocabana e o da
Central.
Nas computo geral, o sindicato
dos Engenheiros não conta, e por um motivo simples: sua pauta está condicionada
à aprovação de acordo com os demais sindicatos.
Nessa medida, as nítidas vantagens que os engenheiros têm com a proposta
informal da CPTM (únicos, aliás), dependem da aprovação do ACT pelos demais
sindicatos.
Nesse cenário, e exceto se algum
sindicato roer a corda, a situação
está a favor dos ferroviários.
Governo do Estado e do Município
de São Paulo estão por definir o reajuste das tarifas. Especula-se algo em
torno de 10 e 11%. Metroviários – e que estiveram presentes na assembleia desta
segunda-feira última (20/05) apontam para a possibilidade de uma greve, mas é
necessário lembrar e dizer o seguinte: como para nós, também para eles,
metroviários, a greve é um meio, e não
um fim. Nessa medida, se tiverem atendidos os seus interesses, não farão greve.
É PROVÁVEL que o governo chame os
Sindicatos dos Metroviários, e TALVEZ os dos ferroviários, para tentar alguma negociação,
visando evitar paralisação. É normal e aceitável que isso ocorra. A saber se
irá acontecer, e quais os eventuais desdobramentos.
Considerando essas variáveis
todas, os Sindicatos da Sorocabana e da Central do Brasil encaminharam, para
apreciação da assembleia, a proposta de uma nova assembleia conjunta, desta vez
na estação Luz, para as 19 horas do dia 23 próximo (quinta-feira). A proposta foi acolhida e aprovada pelos
presentes.
Na assembleia de segunda foram
distribuídos coletes, atendendo a determinação da assembleia de Osasco. Cabe
agora aos ferroviários fazer uso deles. SE chefes e engenheiros (que costumam
ocupar cargos de mando) forem ESPERTOS, não exercerão pressão sobre os ferroviários
que estiverem usando coletes, pois seus próprios benefícios estão nas mãos do
empenho e disposição dos ferroviários (seus subordinados). Não há nenhuma
ilegalidade no uso dos coletes sobre os uniformes. SE, porém, seu chefe exercer
pressão pelo fato de você estar usando colete, comunique ao seu sindicato.
Queremos saber quem são eles, seus nomes e seus postos. Por outro lado, faça a
sua parte, e não deixe se intimidar.
Estamos em ESTADO DE GREVE. Vamos
ver se CPTM e governo aparecem com alguma novidade até a tarde do dia 23
próximo, data da próxima assembleia. De qualquer forma, na assembleia desta segunda-feira,
ficou aprovada a agenda de nova assembleia para o dia 27, e GREVE a zero hora
do dia 28, se as coisas continuarem na mesma.
Os sindicatos da Sorocabana e da
Central estão fazendo a sua parte. Os ferroviários que estão participando das
assembleias também estão fazendo a sua parte. Quem não está fazendo a sua parte
são os ferroviários que ficam buscando informações ou dando palpites pelas redes
sociais.
É covardia deixar nas costas dos
que participam a responsabilidade de decidir pela maioria. Não existe a figura
do encaminhamento de propostas, de discussão e de votação de modo virtual. ASSEMBLEIA É NECESSARIAMENTE, ATÉ MESMO POR
FORÇA DE LEI, PRESENCIAL.
O jogo está bom para os
ferroviários, MAS a continuidade depende dos próprios ferroviários. Portanto,
todo mundo na assembleia de 23 (quinta-feira).
A assembleia do dia 23 é a última
oportunidade dos ferroviários demonstrarem para a e empresa e governo a sua
disposição de luta. Portanto, todos lá.