terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ferroviários agora com olhos em 2014



O PT venceu as eleições municipais na cidade de São Paulo. Ótimo, pois rompeu a presença hegemônica do PSDB no governo do Estado e da capital. Se em dois anos o PT praticar uma administração compatível com as promessas de campanha, certamente será um forte concorrente nas eleições de 2014, ao governo do Estado de São Paulo. Que faça e bem feita a sua lição de casa, se 2014 estiver em seus planos.

Para os ferroviários de trens de passageiros, as eleições de 2014 são muito importantes, uma vez que a CPTM é administrada, no plano maior, pelo governo do Estado. Nessa medida, igualmente importante para os usuários desses trens, pois da visão, do carinho e dos cuidados do governo estadual dependem a quantidade, qualidade e segurança dos serviços a eles prestados.

Embora muitas pessoas coloquem em dúvida a nossa reiterada afirmação de independência partidária, essa é a verdade – não temos, enquanto instituição, nenhuma cor ideológica, partidária ou religiosa, e não apenas por força de estatuto, mas por convicção mesmo. Não temos, muitas vezes, nem mesmo na qualidade de pessoas físicas. Petistas nos acusam de serviçais do PSDB, e Psdebistas de uma invenção do PT. Não somos uma coisa e nem a outra, não queremos ser, não seremos, e tampouco estamos preocupados com o que pensam e dizem esses binários a nosso respeito. Queremos mais e melhores meios de transportes de pessoas sobre trilhos, mas com qualidade de vida e segurança para ferroviários e usuários, condições que o governo paulista do PSDB não atende.

Foi pelas mãos do PSDB que perdemos o controle sobre um imenso patrimônio de todos os paulistas – a malha ferroviária paulista. Também é pelas mãos do PSDB que o ferroviário, categoria histórica, em especial no Estado de São Paulo, está sendo substituído por trabalhadores não ferroviários, embora prestando serviços na ferrovia, pela prática do entreguismo ao setor privado. Quando um trem quebra no percurso, algumas vezes o usuário quer linchar o maquinista, ferroviário, mas não o trabalhador “genérico”, a serviço de uma empreiteira qualquer, e que cuida da manutenção dos trens. Evidente que não deve agredir a um e nem a outro.

O governo do PSDB, nessas quase duas décadas, de fato comprou trens novos, mas para circularem sobre a imensa semisucata representada pela falta de subestações de energia, de uma rede aérea envelhecida, de sistemas de comunicação obsoletos, de sistemas de sinalização precários, de uma via permanente nem sempre renovada, de manutenção entregue a não ferroviários, de estações envelhecidas mesmo quando reformadas, e de tratamento indigno da qualidade e da segurança que o usuário merece, ou deveria merecer. Não é verdade? Compare o leitor a CPTM com o Metrô. Duas empresas que prestam serviço de transporte de pessoas sobre trilhos, sob o comando de um mesmo governo, e com duas realidades tão distintas – para seus trabalhadores e para seus usuários. Classismo, indisfarçável tratamento diferenciado para públicos usuários do Metrô, em detrimento da massa usuária da CPTM.

Estamos falando disso faz tempo, e continuaremos falando.

O governo do PSDB conseguiu, em menos de um ano, o saldo de sete ferroviários mortos em serviço nos trilhos da CPTM, e todos por falta de medidas adequadas de segurança da parte da empresa. Cinicamente responsabilizou, e de imediato, os sete ferroviários pelas próprias mortes, antes mesmo de qualquer apuração de causas. Não sabemos até hoje quem está investigando, mas sabemos que o governador, do PSDB, extinguiu uma delegacia especializada em crimes contra a organização do trabalho, dois dias depois de um dos acidentes, no qual vieram a falecer dois ferroviários experientes, e que iria conduzir as investigações.

Nos acidentes com trens, dentre eles os que envolveram passageiros, o governo do Estado de São Paulo dispensou de imediato, antes também de qualquer sindicância, e por justa causa, os ferroviários envolvidos.

Estamos falando disso faz tempo, e continuaremos falando.

Por falarmos disso, e o tempo todo, o governo do Estado de São Paulo passou a perseguir dirigentes do sindicato, e conseguiu desalojar a entidade da sede social, em Osasco (SP).

Como se pode observar, não temos nenhum motivo para apreciar o PSDB. Isso, entretanto, não quer dizer que tenhamos motivo para apreciar qualquer outro partido, até mesmo porque, com os fatos acima expostos, e fartamente divulgados, não nos recordamos da presença de nenhum deles ao menos para perguntar: “O que está acontecendo, hein?”.

Diante desses “fatos”, nós, que já éramos independentes, nos tornamos ainda mais. Com a proximidade das eleições de 2014, entretanto, vemos a possibilidade de mudar esse estado de coisas. Não sabemos se poderá mudar para melhor com qualquer outro partido a frente do governo do Estado de São Paulo, mas do atual conhecemos as práticas, e não aprovamos.

O atual governo do Estado de São Paulo resolveu recuperar o tempo perdido em seus 20 anos de comando, e está investindo em melhorias na infraestrutura da CPTM. É verdade. É verdade, igualmente, que passou a fazer isso depois de nossa insistente campanha contra a nuvem de fumaça em torno dos trens novos, com a finalidade de encobrir os problemas existentes no sistema ferroviário. Está investindo pelo fato de não ter outra opção, depois de ser por nós emparedado. Vai investir mais, muito mais, pois os trens metropolitanos serão bandeira de campanha para 2014, e pela nossa continuada vigilância, em especial nos quesitos de segurança e qualidade dos serviços.

Nossas portas sempre estiveram abertas para quem tenha por desejo discutir ferrovia, mormente quando a serviço de passageiros. Não veio e não vem quem não quer. Continuam abertas a todos. Na verdade a quase todos, pois, depois das investidas do atual governo do Estado de São Paulo contra a entidade e seus dirigentes, elas, as portas, estão completamente fechadas para o PSDB, seus aliados e prepostos.

O governo do PSDB desalojou os ferroviários de sua sede. Em 2014, hora dos ferroviários desalojarem pelo voto o PSDB do Palácio dos Bandeirantes, pois pertence a todos nós.

Éverson Paulo dos Santos Craveiro – Presidente do SINFERP

Banco do Brasil publica comunicado oficial sobre a quebra de exclusividade


Imagem: reginaldopinhocaxias.blogspot.com
Na tarde do dia 23, o Banco do Brasil publicou oficialmente em seu site e no jornal  Valor Econômico , um comunicado  referente ao Termo de Compromissode Cessação de Prática – TCC, assinado no último dia 10, com Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, onde abriu mão de exigir cláusulas de exclusividade para consignação em folha de pagamento.

O BB declarou ainda, que as alterações necessárias em seus sistemas operacionais a fim de cumprir o termo, deverão ser feitas até janeiro de 2013.
Atualmente, são cerca de 100 contratos firmados nessas condições entre a entidade bancária e órgãos públicos – incluindo a CPTM.

Nosso Sindicato, que desde janeiro de 2011, luta contra o abuso desta cláusula, continuará a apoiar o fechamento de novos convênios de empréstimo consignado com outras instituições. Incluindo o Banco Alfa, com quem já entrou em contato e aguarda somente uma resposta da CPTM quanto à segurança oferecida da margem consignável, para efetivação de um convênio.

Por Camila Mendes 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Conheça nossas colônias!


O Sindicato da Sorocabana é o único que oferece duas opções em colônias de férias.

Confira!

Colônia de Campo em Presidente Epitácio

Estrutura – Possui vinte apartamentos. Todos mobiliados, com ar condicionado, banheiro individual e roupas de cama.

Além de uma linda vista do Rio Paraná, a colônia também possui campo de futebol, campo de bocha, churrasqueiras, piscina infantil, fraldário, plataforma de pesca, playground, salão de jogos, sala de TV, espaço para cinquenta carros, refeitório e lanchonete.

Localização: Avenida Marginal Figueira - Km 2,5 – Presidente Epitácio (Divisa de São Paulo com Mato Grosso do Sul).

Colônia de Praia em Suarão (SP)

Estrutura - Localizada em uma das principais praias do litoral sul, a colônia de Suarão possui oitenta e cinco apartamentos, todos mobiliados, com banheiro individual e roupas de cama, estacionamento com 47 vagas, centro de estudos e eventos, quiosque, refeitório, mesa de ping pongue e baralho, pebolim, sala de TV e enfermaria.

Localização: Rua Ibiúna, nº 5544 - Suarão (SP).

Comentário de Carlos A. Pereira - Sócio CPTM e frequentador de nossas colônias 

"Sou ferroviário há 26 anos, e sempre que posso vou com minha família na colônia de praia no bairro de Suarão - SP. Gostaria de parabenizar nosso Presidente (Craveiro), os Gestores (Orlando e Carlos),como também, toda sua equipe, pelo profissionalismo, presteza e competência, que adicionadas a simpatia e amizade tornam nossa estadia na colônia cada dia mais agradável. Todos não mensuram esforços para nos atender da melhor forma, dando nos, toda a estrutura com simplicidade e tranquilidade para usufruirmos do pequeno período que temos para nos divertir. Vocês fazem a diferença! Muito obrigado!" 

Não perca mais tempo! Conheça nossas colônias!

Entre em contato pelo telefone (11) 3681-8550 ou pelo endereço eletrônico : secretaria@sinferp.org.br  - Falar com Cláudia.




segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Fim de exclusividade do Banco do Brasil no crédito consignado


Imagem: appleiphonees.blogspot.com 
No último dia 11, foi publicado pelo Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional – IBRAC, o resultado do acordo firmado entre o Banco do Brasil e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, onde a instituição bancária foi obrigada a abrir mão da cláusula de exclusividade que embutia nos contratos com órgãos públicos pela qual, os funcionários dessas administrações que recebem salário pelo banco, só podiam obter crédito consignado com a instituição.

O Banco tem o prazo de um mês a partir da data do acordo, para comunicar a decisão a todos os órgãos públicos com os quais possui contrato, incluindo a CPTM.

Desde janeiro de 2011, nosso Sindicato vem cobrando um posicionamento da empresa quanto a esta exclusividade com o Banco do Brasil, já que esta fere o direito do funcionário em escolher a instituição que lhe seja mais vantajosa.

Na última reunião sobre o assunto, em agosto deste ano, o Sindicato mais uma vez explanou sobre a questão jurídica abusiva desta exclusividade, e levantou a possibilidade de derruba-la através de uma liminar conjunta. Em resposta, a empresa explicou estar impossibilitada de negociar até 2016, por ser dependente do Estado.

Porém, diante da nova medida, a empresa não terá mais desculpas, e o Sindicato continuará a apoiar o fechamento de novos convênios de empréstimo consignado com outras instituições. Incluindo o Banco Alfa, com quem o Sindicato já entrou em contato e aguarda somente uma resposta da CPTM quanto à segurança oferecida da margem consignável, para efetivação de um convênio.

Por Camila Mendes 



quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Mais uma vez, CPTM tenta calar Sindicato



Na noite de quarta-feira – 10 de outubro -, nosso Sindicato reuniu-se com a categoria para discussão e deliberação quanto à reintegração de posse da sede social dos associados em Presidente Altino – Osasco (SP).  A assembleia foi realizada no Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco.

Dando início a reunião, o Sindicato pontuou mais uma vez os principais motivos  das tentativas frustradas da empresa de fazer recuar e desmoralizar a entidade.

Na sequência foi esclarecido aos presentes os termos do contrato da área concedida à categoria – onde foi construída a sede social -, como também os procedimentos jurídicos adotados pelo Sindicato em defesa dos investimentos feitos pelos associados diante da reintegração.

Em relação ao curto prazo para desocupação do imóvel, o Sindicato esclareceu que seria de 30 dias, conforme o contrato, eque durante todo esse período o departamento jurídico da entidade continuou trabalhando e fundamentando argumentosvisando reverter a situação. Porém, no dia 16 de setembro, sob o argumento de que estávamos criando óbices para deixar o local, um juiz concedeu liminar em favor da empresa, dando ao Sindicato apenas cinco dias para a desocupação.

Questionado por um participante se não havia sido feita proposta de acordo entre as partes, o Sindicato explicou que, diante da situação, enviou documento oficial à empresa, dizendo que cumpriria a liminar, porém, que necessitava de um prazo maior para desocupar o local. Em contrapartida, a empresa apresentou uma absurda minuta de acordo, onde nos concederia dez dias a mais para desocupação do imóvel, se concordássemos em não divulgar esse e outros fatos para categoria e imprensa, como também não discutir e concordar com tudo o que ela estabelecesse. O Sindicato repudiou a atitude da empresa e recusou-se a aceitar e/ou assinar o documento, que estará à disposição no site da entidade pelos próximos dias.

Nosso departamento jurídico peticionou e enviou a proposta da empresa ao juiz, juntamente com a não concordância do Sindicato. Em resposta, a empresa enviou um e-mail ao Sindicato, onde dizia que diante de sua recusa voltaria ao prazo inicial de cinco dias para desocupação do local.

A partir desse momento o Sindicato pesquisou e alugou imóvel, onde desde o dia 09/10 está funcionando a sua nova sede. Trabalhou muito nesses cinco dias e conseguiu salvar parte do investimento feito pelos associados - que será divulgado também pelos próximos dias -, assim que for possível concluir o levantamento dos valores, com toda a transparência que norteia as ações de nosso Sindicato.

Quanto ao processo, o Sindicato garantiu que ele continua em andamento, e que não vai medir esforços para reconquistar a maior parte do investimento feito pelos associados - os verdadeiros lesados pelas atitudes inconsequentes e anti-sindicaisda empresa.

Sobre nossa representação?

Outra medida adotada pela CPTM para tentar desmoralizar o Sindicato, e os representantes escolhidos pela categoria, foi postar em sua intranet em 09/10 um comunicado anunciando que o representante do Sindicato, das linhas 08 e 09, é o Dr. Rubens dos Santos Craveiro, fato conhecido de todos, e nunca refutado.

Porém, vale ressaltar que, no dia 31 de janeiro de 2012, foi enviado e protocolado junto a CPTM documento aprovado em assembleia geral realizada em 26/01/2012, onde a categoria elegeu uma comissão de negociação com poderes de representação sindical, aprovado e assinado pelo Dr. Rubens dos Santos Craveiro, que pessoalmente, durante a assembleia de quarta - feira (10), fez questão de reiterar.



Finalizando, o Sindicato lembrou aos presentes que a categoria deve permanecer atenta às futuras convocações da entidade, assim como aos seus informes.

Aguardamos sua visita para conhecer nossas novas dependências!

Rua Dona Primitiva Vianco, nº 600 Centro de Osasco.
Em cima do Banco Bradesco.

Por Camila Mendes 


terça-feira, 16 de outubro de 2012

INFORME - DISSÍDIO 2007



Imagem: afbepacoragem.blogspot.com
Informamos que o Sindicato já propôs as Ações de Cumprimento  cabíveis perante a Justiça do Trabalho, uma para receber o “Abono” e outra para o “Adicional de Risco de Vida” direitos decorrentes do julgamento do Dissídio Coletivo de 2007, na condição de representante dos Associados em dia com suas obrigações estatutárias no mês de agosto/2012, cuja relação esta a disposição dos interessados na Sede -  Rua Dona Primitiva Vianco, nº 600 - Osasco/Centro - Em cima do Banco Bradesco.

Aqueles que não estão participando dos processos em questão desde que tenham prestado serviços na base territorial da entidade a partir de setembro de 2007, ainda podem procurar o Sindicato a fim de regularizar sua condição associativa e participar de novo processo.

Confira a lista de beneficiados do processo


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Os ferroviários e o segundo turno das eleições na cidade de São Paulo



Agora sabemos os resultados do primeiro turno nas eleições de São Paulo. Para o segundo, caberá aos eleitores paulistanos a escolha entre Serra e Haddad – entre PSDB e PT.

Embora o Sinferp seja apartidário, enquanto entidade, não significa que seus dirigentes não possam manifestar-se, principalmente tendo em vista os objetivos da entidade – a defesa da ferrovia, dos ferroviários e dos usuários de trens de passageiros.

- Ah, mas é uma eleição municipal, poderá pensar o leitor, e que pouca influência tem no destino dos transportes sobre trilhos na cidade de São Paulo.

Sim, tem muito de verdade esse pensamento, mas cabem algumas considerações, principalmente dentre leitores ferroviários.

Se verdade que o governo do PSDB - há décadas no comando do Estado de São Paulo -, mantém e até mesmo investe em metrô e trens metropolitanos, também verdade que herdou esses patrimônios de governos anteriores, e que não eram do PSDB. Pela relação entre volume de investimentos em transportes sobre trilhos, e tempo no governo, parece aceitável afirmar que investiu pouco, ou aquém do necessário. No caso dos trens metropolitanos, então, a situação chega a ser bizarra, pois esse governo comprou muitos trens novos, verdade, mas só agora começa a investir na infraestrutura, visando reduzir o volume de falhas e acidentes, e, ainda assim, depois de negar por muito tempo a necessidade de modernização.

Não temos como avaliar o governo do Estado nas mãos do PT, pois nunca comandou o Estado de São Paulo. A julgar pelos raros debates que promove sobre os destinos dos transportes sobre trilhos em São Paulo, entretanto, não aparenta trazer grandes mudanças, mas não temos como emitir juízo. Ninguém tem.

Ao PSDB podemos creditar, e sem nenhuma chance de equívoco, o demérito de ter desmantelado e praticamente doado para a iniciativa privada toda a Malha Ferroviária Paulista. Ao PT, no governo federal, não desculpamos os mais de 10 anos de olhos fechados da ANTT para os desmandos das concessionárias privadas, em especial nos trechos da Malha Paulista. Assistimos, por anos e anos, os bens materiais e imateriais da ex-Fepasa irem literalmente para o ralo (para sucateiros, na verdade), enquanto a ANTT bravateava em torno do trem-bala.

Diante desses fatos, e apenas no que diz respeito à ferrovia, não temos, portanto, nenhum motivo para aplaudir PSDB e PT.

O Sinferp fez uma enquete e convidou todos os candidatos a prefeitura de São Paulo para participar. Haddad marcou presença, verdade, mas foi, diante de nossas expectativas, um tanto evasivo. Serra preferiu nos ignorar, como de costume.

Durante a campanha do primeiro turno, Serra muito falou em metrô e monotrilho, mas escudado nos investimentos do governo do Estado de São Paulo. Falou até mesmo em colocar “algum” do município de São Paulo em metrô e monotrilho, como também já havia falado Kassab, seu vice, e que se tornou prefeito em um de seus costumeiros abandonos de cargo. Haddad falou em coisas similares, mas contando com dinheiro do governo federal. Não apresentou projetos para transporte de pessoas sobre trilhos. Quanto a planos efetivamente municipais, e com recursos municipais, voltaram ambos aos famosos corredores de ônibus.

Sob esses aspectos, o eleitor paulistano não tem mesmo parâmetro para escolher um ou outro. Em qualquer dos casos, o governo do Estado de São Paulo, do PSDB, vai continuar investindo em metrô e trens metropolitanos, pois disso dependerão, em boa medida, os resultados das eleições de 2014.

Para os ferroviários, porém, a situação não é bem essa. Em menos de um ano sete ferroviários morreram nos trilhos enquanto trabalhavam, e o governo do Estado de São Paulo não teve o menor pudor em responsabilizar a todos eles, de imediato, pelas próprias mortes, antes de qualquer investigação. Por falar em investigação, por ordem do governador foi extinta uma delegacia especializada em acidentes do trabalho, dois dias depois do segundo acidente, e que vitimou dois ferroviários. O mesmo governo impediu a participação do sindicato em sindicâncias, cujos resultados são até hoje desconhecidos.

Quando de descarrilamentos, falhas e até acidentes envolvendo passageiros, o atual governo do Estado de São Paulo culpou ferroviários, vários deles demitidos de pronto por justa causa, antes mesmo, também, de qualquer apuração.

Esse mesmo governo, e em plena campanha eleitoral, perseguiu dirigentes sindicais e desalojou um sindicato ferroviário de sua sede social.

Isso tudo, é claro, sem contar o que passamos de perto com a saga terceirizante do atual governo do Estado de São Paulo, dentro da ferrovia.

Para os ferroviários eleitores de São Paulo, me parece claro que votar no candidato do PSDB é fortalecer um polvo que nos devora.

Não tenho nada em favor do PT. Lamento, inclusive, que tenha abandonado as suas raízes trabalhistas. Lamento que seus deputados estaduais não lutem, de forma contundente, pelo resgate da Malha Ferroviária Paulista. Que não criem leis que obriguem concessionárias de transporte de pessoas sobre trilhos a garantir qualidade de serviço e segurança aos usuários, mas, como sindicalista ferroviário, já deu para saber do que o PSDB é capaz, ao menos no Estado de São Paulo.

Éverson Paulo dos Santos Craveiro – Presidente do Sinferp

terça-feira, 9 de outubro de 2012




Informamos a todos os ferroviários que a partir desta data (09/10/2012), o Sindicato da Sorocabana – Base CPTM passa a atender em novo endereço, conforme segue:

Rua Dona Primitiva Vianco, nº 600 Centro de Osasco.
Em cima do Banco Bradesco – Em frente à Loja BESNI.

Aguardamos sua visita para conhecer nossas novas dependências!

Lembramos que nesta quarta-feira (10), a partir das 17h00 realizaremos uma assembleia geral para maiores esclarecimentos – No Sindicato dos Metalúrgicos / Rua Erasmo Braga, 307 – Presidente Altino / Osasco (SP).

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLEIA

Imagem : www.metalurgicos.org.br 
A categoria soube, por intermédio de informe afixado em alguns quadros de aviso da CPTM, que a empresa obteve liminar para reintegração de posse da sede de nosso sindicato, em Osasco. Obteve, de fato, e, embora ações tenham sido tomadas pelo sindicato para torná-la sem efeito, não foi possível lograr êxito. Dessa forma, nossa sede de Osasco será devolvida para uso da CPTM.


A CPTM está, literalmente, movendo esforços para tentar neutralizar o nosso sindicato.

As dificuldades no relacionamento entre sindicato e a CPTM começaram desde os primeiros dias da posse da atual direção da empresa, quando ela resolveu emitir comunicados diretamente aos funcionários - sobre assuntos relativos a cláusulas do Contrato Coletivo de Trabalho -, como se os sindicatos não fossem os representantes dos trabalhadores no CCT. Não sabemos e não queremos saber como reagiram os demais sindicatos, mas o nosso estancou essa tendência imperial logo de imediato.

Naquele momento, e por reação de nosso sindicato, a direção da CPTM fez a sua primeira e única reunião formal com as entidades sindicais. Foi lacônica e meramente protocolar.

A relação tornou-se tensa, porém, a partir dos acidentes com mortes de ferroviários no final do ano passado, quando CPTM e governo se apressaram em responsabilizar as vítimas pelos próprios destinos, antes mesmo de qualquer apuração dos fatos.

Indignado com a transferência de responsabilidades para as vítimas, nosso sindicato, com credibilidade junto à opinião pública além dos muros da empresa, reagiu de forma contundente, lutando para que esse quadro fosse revertido, fatos apurados, etc. As reações do sindicato repercutiram na imprensa, nos formadores de opinião e nos meios políticos. A resposta da CPTM foi colocar um cadeado no portão que separava a sede do sindicato e da empresa. Foi um gesto emblemático.

Em todos os acidentes, a CPTM não atendeu a nenhuma das muitas reivindicações legítimas do sindicato para participar das sindicâncias, da mesma forma que nunca prestou ao sindicato - e nem a qualquer pessoa ou entidade -, esclarecimentos sobre os eventuais resultados de tais sindicâncias.

Continuaram os acidentes, os descarrilamentos e as falhas. A CPTM manteve-se na linha de responsabilizar ferroviários, não raro com demissão de alguns deles por justa causa, visando ocultar os verdadeiros motivos, responsáveis por todos eles: problemas na infraestrutura, etc.

Mais uma vez nosso sindicato, com credibilidade e prestígio conquistado junto aos públicos externos, fez valer a sua voz e as suas versões, sempre muito bem fundamentadas. A empresa recuou, passou a promover obras de recuperação em várias frentes, e reduziram os acidentes, descarrilamentos e o número de falhas, aos menos nas linhas 8 e 9, e não por mero acaso, uma vez que sob a nosso olhar atento. Mesmo diante desse legítimo exercício de direito de defesa dos ferroviários, e a evidência das argumentações do sindicato, a CPTM vingou-se.

Com o retorno dos dirigentes sindicais aos postos de trabalho, começou a perseguição – Alessandro Viana passa a receber suspensões.

Vieram as negociações. Nosso sindicato nelas comportou-se como sempre, com base em discussões e argumentações. Mesmo diante de greve de sindicatos assemelhados, o nosso, como de costume independente e completamente apartidário, conduziu seus empenhos de negociação à margem desses acontecimentos, embora tenha sofrido alguns de seus efeitos. Manteve-se sereno, maduro, e nem mesmo incentivou qualquer forma de retaliação.

As perseguições da CPTM prosseguiram. Nosso sindicato absorve, e nem mesmo compartilha essas informações com a categoria, convicto de que sabe cuidar de si. Ainda não satisfeita, a CPTM suspende Éverson por 29 dias. Nosso sindicato mais uma vez absorve, e também não compartilha a informação, mantido na mesma convicção de que ações individuais contra dirigentes seriam tratadas dentro dessa condição, e mesmo assim sem revide.

Com toda essa pressão, nosso sindicato continuou mantendo as suas atividades internas e externas: noticiando, promovendo eventos, etc. Inconformada com a resistência, independência e persistência de nosso sindicato, a CPTM arquitetou e colocou em marcha a mais audaciosa revanche: pleiteou, judicialmente, a retomada da sede social do sindicato, em Osasco. O cadeado, que tinha significado emblemático, avançou, então, para o desalojamento real. A CPTM pretendeu, literalmente, ver nosso sindicato longe de suas linhas.

Não se preocupou, porém, em observar que o ataque não foi apenas contra as pessoas dos dirigentes sindicais, mas contra o coletivo de uma categoria, lembrando que a sede é de todos os associados.

Diante desses fatos - e de outros -, o sindicato convoca todos os ferroviários para uma assembleia, onde as informações aqui contidas serão apresentadas de forma pormenorizada, e para que este e outros assuntos pertinentes sejam discutidos e encaminhados para deliberação.

Dia - 10 de outubro (quarta-feira)
Horário – 17h primeira convocação e 18 horas segunda convocação
Local – Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco
Rua Erasmo Braga 307 – 4 and.
Presidente Altino - Osasco