Imagem : www.metalurgicos.org.br |
A categoria soube, por intermédio
de informe afixado em alguns quadros de aviso da CPTM, que a empresa obteve
liminar para reintegração de posse da sede de nosso sindicato, em Osasco.
Obteve, de fato, e, embora ações tenham sido tomadas pelo sindicato para
torná-la sem efeito, não foi possível lograr êxito. Dessa forma, nossa sede de
Osasco será devolvida para uso da CPTM.
A CPTM está, literalmente,
movendo esforços para tentar neutralizar o nosso sindicato.
As dificuldades no relacionamento
entre sindicato e a CPTM começaram desde os primeiros dias da posse da atual
direção da empresa, quando ela resolveu emitir comunicados diretamente aos
funcionários - sobre assuntos relativos a cláusulas do Contrato Coletivo de
Trabalho -, como se os sindicatos não fossem os representantes dos
trabalhadores no CCT. Não sabemos e não queremos saber como reagiram os demais
sindicatos, mas o nosso estancou essa tendência imperial logo de imediato.
Naquele momento, e por reação de
nosso sindicato, a direção da CPTM fez a sua primeira e única reunião formal
com as entidades sindicais. Foi lacônica e meramente protocolar.
A relação tornou-se tensa, porém,
a partir dos acidentes com mortes de ferroviários no final do ano passado, quando
CPTM e governo se apressaram em responsabilizar as vítimas pelos próprios
destinos, antes mesmo de qualquer apuração dos fatos.
Indignado com a transferência de
responsabilidades para as vítimas, nosso sindicato, com credibilidade junto à
opinião pública além dos muros da empresa, reagiu de forma contundente, lutando
para que esse quadro fosse revertido, fatos apurados, etc. As reações do
sindicato repercutiram na imprensa, nos formadores de opinião e nos meios
políticos. A resposta da CPTM foi colocar um cadeado no portão que separava a
sede do sindicato e da empresa. Foi um gesto emblemático.
Em todos os acidentes, a CPTM não
atendeu a nenhuma das muitas reivindicações legítimas do sindicato para
participar das sindicâncias, da mesma forma que nunca prestou ao sindicato - e
nem a qualquer pessoa ou entidade -, esclarecimentos sobre os eventuais
resultados de tais sindicâncias.
Continuaram os acidentes, os
descarrilamentos e as falhas. A CPTM manteve-se na linha de responsabilizar
ferroviários, não raro com demissão de alguns deles por justa causa, visando
ocultar os verdadeiros motivos, responsáveis por todos eles: problemas na
infraestrutura, etc.
Mais uma vez nosso sindicato, com
credibilidade e prestígio conquistado junto aos públicos externos, fez valer a
sua voz e as suas versões, sempre muito bem fundamentadas. A empresa recuou,
passou a promover obras de recuperação em várias frentes, e reduziram os
acidentes, descarrilamentos e o número de falhas, aos menos nas linhas 8 e 9, e
não por mero acaso, uma vez que sob a nosso olhar atento. Mesmo diante desse
legítimo exercício de direito de defesa dos ferroviários, e a evidência das
argumentações do sindicato, a CPTM vingou-se.
Com o retorno dos dirigentes
sindicais aos postos de trabalho, começou a perseguição – Alessandro Viana
passa a receber suspensões.
Vieram as negociações. Nosso
sindicato nelas comportou-se como sempre, com base em discussões e
argumentações. Mesmo diante de greve de sindicatos assemelhados, o nosso, como
de costume independente e completamente apartidário, conduziu seus empenhos de
negociação à margem desses acontecimentos, embora tenha sofrido alguns de seus
efeitos. Manteve-se sereno, maduro, e nem mesmo incentivou qualquer forma de
retaliação.
As perseguições da CPTM
prosseguiram. Nosso sindicato absorve, e nem mesmo compartilha essas
informações com a categoria, convicto de que sabe cuidar de si. Ainda não
satisfeita, a CPTM suspende Éverson por 29 dias. Nosso sindicato mais uma vez absorve,
e também não compartilha a informação, mantido na mesma convicção de que ações
individuais contra dirigentes seriam tratadas dentro dessa condição, e mesmo
assim sem revide.
Com toda essa pressão, nosso
sindicato continuou mantendo as suas atividades internas e externas: noticiando,
promovendo eventos, etc. Inconformada com a resistência, independência e
persistência de nosso sindicato, a CPTM arquitetou e colocou em marcha a mais
audaciosa revanche: pleiteou, judicialmente, a retomada da sede social do
sindicato, em Osasco. O cadeado, que tinha significado emblemático, avançou,
então, para o desalojamento real. A CPTM pretendeu, literalmente, ver nosso
sindicato longe de suas linhas.
Não se preocupou, porém, em
observar que o ataque não foi apenas contra as pessoas dos dirigentes sindicais,
mas contra o coletivo de uma categoria, lembrando que a sede é de todos os
associados.
Diante desses fatos - e de outros
-, o sindicato convoca todos os ferroviários para uma assembleia, onde as
informações aqui contidas serão apresentadas de forma pormenorizada, e para que
este e outros assuntos pertinentes sejam discutidos e encaminhados para
deliberação.
Dia - 10 de outubro
(quarta-feira)
Horário – 17h primeira convocação
e 18 horas segunda convocação
Local – Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco
Rua Erasmo Braga 307 – 4 and.
Presidente Altino - Osasco