quinta-feira, 14 de março de 2013

A segunda reunião de “negociação” do ACT 2013/14 e o SINFER


Apesar da ausência do Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana, da falta de resposta sobre o pagamento da PPR, e da continuidade dos negociadores “contratados” pela CPTM, na mesa, condições reclamadas pelos demais sindicatos que participaram da primeira reunião de 06 de março, ocorreram acordos na segunda reunião de “negociação” do ACT 2013/14, ocorrida em 13 de março último.

O Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana não participou e não irá participar dessas reuniões, o que não quer dizer que não haverá negociação em nome dos ferroviários das linhas 8 e 9. Haverá, mas na DRT, em local neutro, onde a CPTM não poderá impor o seu querer, como tem feito desde o início, motivo do SINFER se recusar, também desde o início, a aceitar o jogo em curso.

Não quer e não deve o SINFER emitir juízo sobre as decisões dos demais sindicatos, mas fará valer o que foi deliberado, e por unanimidade, em sua assembleia de 4 de março, a saber, rejeitar o encaminhamento que a CPTM tem imposto aos ferroviários das linhas 8 e 9: 1) de decidir unilateralmente local, datas e horários das rodadas de negociação; 2) de decidir unilateralmente quem e quantos devem representar os ferroviários na condições de negociadores.

Se nós publicamos que a CPTM deu-se mal na primeira reunião, não podemos dizer o mesmo da segunda, pois, pelo chega ao nosso conhecimento, ela conseguiu manter o que já vinha impondo, além de obter novas vitórias, dentre elas a de fazer valer seu calendário, inclusive de temas a serem discutidos e decididos.

Está evidente, como estava desde o início, a adoção da estratégia “pega ou larga” da CPTM. Ora, se o desejo da empresa é esse, e não o de negociar, isso é, de “trocar”, que faça isso também com o Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana, mas em campo neutro – DRT – sem o constrangimento de gravação em vídeo, e sem o constrangimento de registro dos presentes com o intuito de intimidar.

Já que contratou “negociadores” profissionais, terá que lidar com o profissionalismo dos nossos negociadores, bons em jogos estratégicos, mas também no plano dos tribunais. Não temos problema em aceitar os profissionais contratados para representar a CPTM, pois essa condição assegura o nosso direito de colocar em cena também os nossos profissionais.

Quanto à base, nosso sindicato não jogará para plateia, não fará ilusionismo com os ferroviários apostando em bravatas inócuas, mas buscará o melhor resultado possível, na mesa ou nos tribunais, e manterá fielmente o que foi aprovado em assembleia pelo voto da categoria.

De qualquer modo, importante dizer aos ferroviários que devem se preparar para a luta, se necessário, pois a CPTM não está disposta a “negociar”, e o Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana não vai aceitar o jogo de “pega ou larga” que está claramente desenhado pela empresa.