sexta-feira, 14 de junho de 2013

E governo Alckmin sofre a sua primeira baixa na queda de braço com os ferroviários

Acreditando que o Acordo Coletivo assinado entre CPTM e os sindicatos dos Engenheiros e de São Paulo, seria empurrado goela a baixo dos sindicatos dos ferroviários da Sorocabana e da Central do Brasil, o governo de São Paulo imaginou que os trabalhadores das linhas 8, 9, 11 e 12 enfiariam o rabo no meio das pernas, e que seus representantes - Sorocabana e Central – acompanhariam de cabeça baixa o que ele, governo, acertou com os dóceis e convenientes.

Dispostos a reabrir as negociações, ferroviários e dirigentes sindicais da Sorocabana e Central promoveram assembleias, discutiram, votaram propostas e mantiveram serrada a luta em torno do objetivo de conter o desejo do governo, de expandir a todos os ferroviários os conteúdos que decidiu junto aos sindicatos dos engenheiros e de São Paulo.

Depois de insistentes tentativas, inclusive em audiências de conciliação promovidas pelo TRT-SP, e sempre frustradas pela persistente negação do governo de São Paulo, não viram outra alternativa que não fosse recorrer ao recurso extremo da greve.

Visando abreviar o período de greve, e penalizar os sindicatos indóceis, o governo levou a questão ao TRT-SP, e a greve foi julgada na tarde de ontem.

O contrário do que poderia imaginar o governo Alckmin, cujo representante (terceirizado, como de costume) no TRT-SP falava na aplicação de multa e 500 mil reais aos sindicatos inconformado, o TRT-SP, que acompanhou a intransigência do governo até mesmo nas audiências de conciliação, julgou a greve LEGAL E NÃO ABUSIVA.

Os ferroviários retomaram suas atividades, certamente, pois o objetivo da greve era fazer com que suas reivindicações fossem julgadas, já que não passíveis de discussão com o governo de São Paulo.
Conseguiram os ferroviário, no mesmo julgamento da greve, que suas reivindicações sejam julgadas na próxima quarta-feira, 19 de junho, às 13h30.

Queremos registrar nossas desculpas a todos os usuários, e assegurar que os esforços paraimpedir a greve foram imensos, e que fizemos emprego desse recurso apenas depois de esgotadas as tentativas de negociação com o governo do Estado de São Paulo. Prova do que estamos afirmando é que o próprio Tribunal reconheceu isso, implicitamente, em sua sentença.

Queremos agradecer a todos os ferroviários que estiveram de corpo e alma envolvidos nesse desgastante movimento, e esperamos ter trabalhado a altura para compensar tamanho esforço de todos.

De qualquer forma, vencemos uma batalha, mas não ainda a guerra.

Pedimos, portanto, a todos os ferroviários que puderem, para que compareçam no julgamento de nossas reivindicações, e que acontecerá no TRT-SP, às 13h30 da próxima quarta-feira.

Compareça, vá vestido com seu colete, leve um documento de identidade, e assista ao vivo e em cores o desenrolar do julgamento.

No final do julgamento, como fizemos ontem, realizaremos uma breve assembleia em frente ao prédio do TRT.

Quem sabe se, além da alma lavada diante do descaso e da intransigência do governo do Estado de São Paulo, não saiamos na quarta também com melhores perspectivas para a nossa vida pessoal, familiar e profissional.