Em 06 de abril , por volta de 13hs, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - CPTM - fechou todas as suas estações e paralisou a prestação de serviços de transporte público nas cidades por ela atendidas da Grande São Paulo.
A alegação para tal atitude foi a de que houve uma falha inexplicada no sistema de nobreak da iluminação do prédio de seu Centro de Controle Operacional – CCO -, que levou à evacuação do prédio. Logo, sem que os controladores de circulação pudessem ocupar seus postos, a circulação de trens se tornava impossível. Pois bem!
O que não foi explicado é o porquê de a CPTM optar por interromper as suas atividades, ao invés de acionar o sistema de redundância para os casos de falha no CCO, chamado PCS.
PCS (Posto de Comando Setorial) é um sistema de redundância, composto por painéis de controle local, e está instalado em algumas estações, possibilitando o total controle da circulação de trens em dados trechos, pelo controle das estações providas do sistema.
Para o funcionamento desse sistema basta haver um controlador em cada estação terminal, garantindo as chegadas e partidas dos trens nos horários programados.
O PCS nada mais é do que uma versão eletrônica do antigo staff. A rigor, até mesmo o antigostaff funcionaria, funcionando como controle em todas as estações.
Também faltou explicação para o não acionamento do Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência - PAESE -, no qual ônibus são disponibilizados para fazer o transporte de passageiros entre as estações em que os trens não circulam.
A CPTM informou que vai apurar as causas da falha nos nobreak. Desta vez, ao menos por enquanto, não foram relatados sabotadores ou erros de funcionários, como é comum nas explicações que os diretores e presidente da CPTM fornecem ao público, sempre que ocorre alguma falha.
Até o momento, a única certeza que temos é a da falta de respeito desta empresa para com seus usuários.
Francisco R.B.