segunda-feira, 30 de abril de 2012

Hoje é 30 de abril - dia do ferroviário. Mas será que sabemos quem realmente somos? (Artigo)


Diante do atual cenário onde ferrovia virou a palavra da moda, além de uma data festiva, tornou-se, sem dúvidas, uma data para reflexão. Os trilhos tornaram-se uma ferramenta de promoção dos governos que, em sua grande maioria, pouco se importam em investir de fato na malha ferroviária.

Como se não bastasse sucatearem nossa história, os atuais projetos são incabíveis e caros. Porém, fáceis vender para imprensa, a fim de propagar melhorias a uma população cansada dos transtornos sofridos dia-a-dia.

Sem querer minimizar tais problemas, que sem dúvidas devem ser resolvidos, pouco ouço falar, em solucionar os transtornos causados aos trabalhadores ferroviários. Estes, culpados muitas vezes, pelas falhas de planejamento de seus superiores.

Porém, não quero me repetir, tornar-me maçante, fazer criticas ou coisas parecidas com tudo que nosso Sindicato já vem dizendo ha tanto tempo.

Apenas, quero relembrar quem realmente somos.

Maquina de Barbatanas de Isoladores de Rede
Criada pelo Ferroviário  Luiz Carlos Barreiros 
Os ferroviários são aqueles que, além de historicamente protagonizarem o desenvolvimento econômico do Brasil, é uma das poucas profissões centenárias que sobreviveram ao chamado “tempos modernos”.

Uma categoria que se reinventou, criou de forma independente, coisas novas a cada dia e que apesar do descaso, luta pela manutenção da ferrovia e pelos que dela dependem – a população.



E a nós sindicatos e aos trabalhadores de todo país que,  amanhã comemoram o seu dia (01 de Maio). 

Foto Ilustrativa
Fonte: fabiopestanaramos.blogspot.com 
Devemos a todos os ferroviários que,  lado a lado com outras categorias, tiveram participação significativa  na criação do ministério do trabalho e suas leis, como também, no direito a sindicalização em nosso país.

Nem preciso dizer que essas poucas palavras foram somente um resumo do nosso prazer em servi-los.

Ferroviários, muito obrigado pelo passado de glórias, por um presente de lutas e pelo futuro, que graças ao seu esforço, acreditamos que será melhor!

Por Camila Mendes / Jornalista da Categoria Ferroviária / Pelo Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana . 



Oficina de manutenção em Presidente Altino realiza festa de comemoração ao dia do ferroviário


No próximo dia 04 de maio, os ferroviários da oficina de manutenção em Presidente Altino, realizarão um churrasco em homenagem ao dia do ferroviário, comemorado hoje - 30 de abril.

O encontro é aberto a toda a categoria e acontece no DOFO - mesmo local das festas de fim de ano, a partir das 17h00. O valor da entrada é de R$ 10,00.

Maiores informações entre em contato com: 
Amaral : (11) 3689-2674
Sr.Zé Careca : (11) 3689- 2681
Diogénes : (11) 3689-2790

Por Camila Mendes 

Por que não VLT? Encontro como Peter L. Alouche


Peter L. Alouche

“Por que não VLT?” é o tema da próxima atividade presencial da Campanha São Paulo TREM Jeito, a ser promovida na sede social do SINFERP, em Osasco (SP).

Podemos também denominá-la “Encontro com Peter L. Alouche”, pois será ele que estará conosco em atividade aberta ao público, na noite de 30 de maio, última quarta-feira do mês, com início às 19h30 e término às 22h.

Ao exemplo do curso de História da Ferrovia no Estado de São Paulo, ministrado por Paulo Roberto Filomeno, a participação no encontro com Peter L. Alouchedeverá ser feita mediante inscrição prévia, e a atividade será gratuita.

Peter L. Alouche dispensa apresentação. Ficamos satisfeitos que tenha aceitado nosso convite, pois reconhecemos nele qualidades incomuns, dentre elas, compartilhar sonhos e convicções que vão além do mero interesse dos negócios, e dizer o que pensa, sem preocupar-se com limitantes políticos das expressões de suas crenças.

O encontro será animado, como se pode notar por apenas uma pergunta e uma resposta:

São Paulo TREM JeitoPeter, por que em São Paulo se fala em trem, metrô, monotrilho, mas ninguém fala nada de VLT? Qual é o problema? O VLT não serve para São Paulo?

Peter L. AloucheClaro que serve. Ele tem a sua aplicação em muitos corredores. Infelizmente o VLT não foi aplicado em São Paulo porque as pessoas não o conheciam ou não conhecem, ou porque mal implantado, como foi o caso de Campinas e do Rio de Janeiro, com o pré-metrô. Mal implantado como está sendo em Brasília, com problemas políticos. Eu tenho muita esperança no VLT, no Brasil, como o da Baixada Santista. Eu acredito que o VLT é muito promissor nos corredores de São Paulo, e fora de São Paulo.

Temas do encontro:

1. O cenário urbano e os transportes públicos. 
2.  A escolha dos modos de transporte público – critérios. 
3. O que é VLT – vantagens e desvantagens.
4. O VLT no mundo. 
5. VLT e outros modos de média velocidade.

Inscrição individual pelo e-mail sao.paulo.trem.jeito@gmail.com

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Transporte metropolitano de pessoas sobre trilhos – o surrealismo paulista.



A discussão em torno da situação dos transportes sobre trilhos na capital e na Grande São Paulo tornou-se literalmente surreal.

Para pessoas como eu, que acompanha e participa diariamente do jogo da formação da opinião pública, do pêndulo dessa verdadeira guerra de versões, fica difícil imaginar que as coisas chegariam ao ponto que chegaram.

Projetos do sindicato, no sentido de ampliação da malha ferroviária da CPTM, foram desqualificados por representantes da empresa sob o argumento da falta de demanda. Ridiculamente, esses mesmos representantes não sabem, agora, o que fazer com o excesso de demanda, e dele reclamam, atribuindo ao volume de usuários a “causa” da incapacidade de atendê-los. Nossa sugestão de se criar um ferroanel metropolitano, como forma de evitar que usuários equidistantes das linhas passassem todos pelos mesmos pontos de estrangulamento, foi tratada como “provocação”. Estão, entretanto, criando um ferroanel para cargas, justamente para evitar o trânsito desnecessário delas pelas áreas centrais das cidades. Vale para cargas, mas não para passageiros, sendo que a lógica é rigorosamente a mesma. Uma ideia é “provocação nossa”, a outra é “acerto deles”.

Com a criação da Macrometrópole de São Paulo, falamos agora na capacidade de transporte para aproximadamente 33 milhões de pessoas, distribuídas em 39 municípios, 19 dos quais já atendidos pelos trens da CPTM. O ferroanel metropolitano permitiria atender aos 39.

Iluminados de plantão, incapazes de enxergar o evidente, apostam no planejamento urbano, não raro falando em levar empregos aos dormitórios ou estes aos empregos. Vamos, agora, deslocar empresas ou residências, de modo a que fiquem umas ao acesso fácil das outras, para que os trilhos continuem os mesmos, e nos mesmos lugares. Os incomodados que se mudem, na mesma lógica de que tem usuários demais, e não trens de menos. No último caso, o que se pode deduzir? Se os usuários não podem ser atendidos pelos trens, que procurem outro meio de locomoção. Danem-se, ou esperem.

Incentivam as pessoas para que não façam uso dos automóveis, implantam rodízios, falam em pedágio urbano, controlam tráfego de caminhões em certos horários e locais - com a finalidade de minimizar o caos do trânsito -, mas não se oferece capacidade de atendimento a toda essa gente quando ela corre para os trens, e ainda fala-se em “tsunami de usuários”.

Reclama o secretário dos Transportes Metropolitanos – e entendemos que com razão – que os governos municipais não fazem a sua parte. Não fazem mesmo. Prefeitos de cidades ricas como São Paulo, Osasco, Guarulhos, Santo André, São Caetano e São Bernardo não investem um centavo – com dinheiro próprio – em transporte de pessoas sobre trilhos em seus municípios. Não investem nem mesmo nas estações da CPTM, ou no contorno delas. Não têm dinheiro para trilhos, mas têm para terminais de ônibus, corredores de ônibus, estações rodoviárias, etc. Com a proximidade das eleições municipais, nosso sindicato encaminhou enquete a 15 possíveis pré-candidatos à prefeitura de São Paulo, cuja participação tem espaço garantido no blog São Paulo TREM Jeito.  A questão básica da enquete é a seguinte: como prefeito, vai investir em trilhos com receita do município ou continuará cobrando e reclamando do governo do Estado? Até o presente momento apenas dois responderam.

É um contrassenso os paulistas pagarem pelo transporte de pessoas sobre trilhos na capital e na Grande São Paulo, como também é um contrassenso o Estado de São Paulo ser o maior contribuinte da União, e não receber quinhão compatível com o que paga, de modo a ajudar na urgente solução sobre trilhos para os contribuintes de São Paulo e da Grande São Paulo. Tal reconhecimento, entretanto, não significa aceitarmos o jogo das informações imprecisas, vagas e evasivas do secretário.

Reclamam, e com razão, da poluição sonora, visual e atmosférica por conta do excesso de automóveis, motos, caminhões e ônibus, mas incapazes de ampliar os serviços sobre trilhos – não poluentes –, e dizem que nenhuma solução razoável é possível antes de 2014 ou 2018. Anos cabalísticos? Não! Eleitorais.

Oposições, é claro, aparecem apenas nos mesmos anos, posto que eleitorais. Enquanto políticos e “especialistas” cacarejam em seus ninhos, usuários vão vivendo de promessas.  “Tenham esperança, dizem, pois tudo já foi pior”.  Ao invés de olhar para frente, o usuário é encabrestado pelos ilusionistas, volta-se ao passado, conforma-se com o presente, e apenas aposta nas promessas vagas do futuro.

Dizem que herdaram um sistema ferroviário desmantelado. Diante dessa afirmação, entretanto, não gostam de ser lembrados de que estão no comando faz tempo, e que não se trata de uma herança de ano, mas de década. Oportunista, a oposição cobra o mesmo, mas não gosta igualmente de ser lembrada, que também pouco ou nada fez com o que herdou, no plano federal, e também por mais de uma década. Resumo: roto falando do esfarrapado.

Em questão de poucos meses, as falhas e acidentes - sempre atribuídos à condição humana dos trabalhadores ferroviários são agora, – e finalmente, – apontados como falhas sistêmicas. Pobre deste sindicato, que sempre afirmou que os problemas não eram pontuais, mas sistêmicos, que falhas humanas existiam, mas na cabeça da empresa e do governo, pela falta de visão e de ação estratégica. Hoje, diante do evidente – e não mais tendo a quem culpar e a quem cortar, exceto se na própria carne -, saem com o absurdo dos absurdos: falhas existem e vão continuar existindo.  “Normal”, “aceitável”, “dentro dos parâmetros”. Querem, agora, nos fazer crer que existem falhas e falhas, diferenciadas pelo tempo de reparo. Oremos todos para que esse conformismo não seja adotado pelos serviços aéreos e de saúde. “Ora, mas só caíram dois aviões neste mês”. “Mas só morreram três pacientes por erro médico nesta semana”.

Quando dissemos que trens novos não se faziam acompanhar de investimentos correspondentes na infraestrutura ferroviária, falamos sozinhos. Hoje se fala em substituir a rede aérea, e em construir novas subestações de energia. Não estávamos delirando, portanto. Pois bem, continuamos afirmando: terceirizar manutenção de trens é um equívoco e temos sérios problemas com sinalização e comunicação. Como são coisas que as pessoas desconhecem - e não estão explicitadas aos olhos -, ficarão no esquecimento por mais tempo, até a desventura de um acidente, onde não será tão fácil culpar o maquinista ou funcionário do centro de controle operacional.

Falam em metrô e em monotrilho, mas não muito em trens, e absolutamente nada em VLTs. Motivo? Gostam dos mais caros, em detrimentos dos mais baratos. Só por isso? Não! Metrô anda sob a superfície e monotrilho bem acima dela, e isso é conveniente para que as coisas no plano da superfície fiquem exatamente como estão, isto é, sob o completo domínio dos pneus, onde o dinheiro público é injetado – e sem fim – para atender aos interesses individuais e privados.

Estão realizados porque reduziram o número de pedestres mortos no trânsito, mas continua a pequena proporção das calçadas em relação ao espaço público das ruas e avenidas para os veículos sobre pneus. Demagogos, como de costume, incentivam as bicicletas, falam em ciclovias, mas em lugares e bairros nobres, onde é possível dar visibilidade (a quem interessa) à “nova geração” de transporte. Ecológico e saudável, dizem. Não fazem, entretanto, ciclovias para o exército de ciclistas por falta de opção, que saem dos bairros para trabalho, e morrem disputando espaços com automóveis, ônibus e caminhões nas incontáveis avenidas das periferias.

O amigo do ciclista é o trem, cujas estações (ao menos em tese) comportam bicicletários. A CPTM tem apenas 20 em todas as suas linhas. Amigo de ciclista e pedestre é o VLT urbano. Como, entretanto, VLT ocupa espaço na superfície, que “por acaso” é o mesmo ocupado por automóveis e ônibus, nem pensar. Corredores segregados para ônibus, sim. Para VLTs, não.

O zelo maior de uma operadora de transporte – em especial de pessoas – “deveria ser” a segurança. Pois bem: qual é minha surpresa ao ler, em recente publicação do Ministério Público de São Paulo, que a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo, responsável pelo inquérito civil que apura as falhas nos serviços da CPTM, firmou um compromisso com a empresa, para que ela – CPTM – realize uma campanha institucional com o tema “viajar com segurança”, visando “conscientizar os usuários” de como se comportar em situações de normalidade e de anormalidade. O que, na condição de leitor da notícia, devo concluir por isso? Que as falhas da CPTM se devem aos desvios de comportamento dos usuários?

Que um número expressivo de usuários da CPTM tem comportamento de gado não temos nenhuma dúvida: não deixam passageiros embarcados descerem antes de invadirem composição porta à dentro, não retiram suas mochilas das costas nem mesmo com os carros lotados, ouvem música em alto volume, viajam encostados nas portas, colocam os pés sobre os assentos, riscam os vidros (sic) dos trens, grafitam, pregam a bordo, vendem a bordo, etc. Isso sem contar os brigões, ladrões, assediadores morais e sexuais, os “espaçosos”, etc. Tudo isso, entretanto, pouco ou quase nada tem a ver com as falhas.

Câmeras instaladas nos carros – nos trens novos – não são monitoradas online. Seguranças privados andam de um lado para outro nas plataformas, mas não têm nenhuma ação conscientizadora e tampouco corretiva frente aos “abusados”. Não existem seguranças dentro dos carros para assegurar que as regras de boas condutas sejam respeitadas. Em resumo: na viagem os passageiros ficam entregues a própria sorte.

Distância e desnível de altura entre plataformas e portas em boa parte das estações representam risco. Quando trens quebram ao longo do trecho, passageiros são obrigados literalmente a “pular” do trem para o leito da via, sem nenhuma medida de segurança. Neste episódio escandaloso – e que não é raro – ficam literalmente entregues a solidariedade uns dos outros. A CPTM não tem reboque para conduzir a composição avariada até a próxima estação. Caminhando pela via, em marcha de desamparo, podem ser atropelados por outra composição, uma vez que o sistema de comunicação dos trens entre si, e deles com o Centro de Controle Operacional, não é completamente confiável.

Interessante conscientizar os usuários sobre como viajar com segurança? Sim, mas apenas no que depende da governabilidade deles sobre a viagem segura. Quem, entretanto, está conscientizando a CPTM sobre a governabilidade dela na viagem segura, e que representa a quase totalidade das ações? Ninguém, e essa era a expectativa presumível da ação do Ministério Público, infelizmente frustrada.

Por que não investigar prática comum na CPTM, de determinar aos maquinistas que desativem o sistema automático de bordo (ATC) - que controla a velocidade das composições -, e prossigam viagem no modo manual, apenas para “ganhar tempo” de intervalo entre os trens?  Por que não investigar, na CPTM, os trens que desaparecem das telas dos controladores do CCO (Centro de Controle Operacional), por conta de problemas nos aparelhos, cabos ou mesmo softwares envolvidos no sistema de sinalização? Por que não investigar o absurdo da CPTM determinar a remoção dos sensores de descarrilamento de todos os trens novos da empresa? De onde o sindicato saiu com essas? De relatórios da empresa, além de denúncia de funcionários na ativa e dos demitidos.

A superficialidade ou ausência de investigação não tem sido diferente nas demais falhas, e principalmente nos acidentes. Os familiares dos cinco ferroviários mortos em serviço – na via -, e acusados de responsáveis pelas próprias mortes antes mesmo de qualquer investigação, continuam a espera do nada.  A delegacia especializada na investigação foi extinta por decreto do governador, e não se sabe dizer qual outra, afinal, está conduzindo os trabalhos.  Os acidentes são como uma batata quente, cuja investigação é jogada de mão em mão, certamente até esfriar, para cair no esquecimento e também ser sepultada. Não é diferente com as falhas. A CPTM abre sindicância para todas, com responsáveis e datas de conclusão, mas os resultados nunca são conhecidos. Não tem sido diferente com os inquéritos sob a responsabilidade dos poderes públicos.

Diferente dos modais rodoviários, aeroviários e marítimos, não existe no ferroviário - em especial no de passageiros -, nenhum órgão independente com missão de fiscalizar e disciplinar. A ninguém ocorre que uma única composição transporta mais vidas do que um navio de passageiros, alguns aviões e dezenas de ônibus. A CPTM fiscaliza e disciplina a si própria. Eis um quadro que, enquanto não mudado, continuará alimentando as falhas e os acidentes, bem como a mais completa impunidade dos verdadeiros culpados, e não dos bodes expiatórios jogados aos leões (mídia e opinião pública) para tirar o assunto de foco. O sindicato tem recomendado a obrigatoriedade da CPTM estar no mínimo sob o controle de uma certificadora externa para os quesitos qualidade e segurança, mas é uma ideia que não encontra eco. Eis uma sugestão para os deputados do Estado de São Paulo, uma vez que também eles não têm nenhuma ação fiscalizadora sobre a CPTM.

Enquanto finalizava este texto, lia a explicação do secretário dos Transportes Metropolitanos para a falha do dia na CPTM. Sabotagem. Não vale a pena gastar palavras sobre a nova “isca”, por uma razão muito simples: a responsabilidade objetiva pela fiscalização e preservação da via é da CPTM. Se vândalos ou sabotadores estão agindo, é porque a CPTM não está sendo capaz de cumprir sua obrigação objetiva de impedir possíveis ações externas.

Realmente: é tudo surreal.

Tudo o que aqui está sendo apresentado, de forma breve, já foi exaustivamente tratado no blog São Paulo TREM Jeito, mantido pelo sindicado. Um blog despretensioso, criado em 16 de janeiro de 2011, mas que acumula, hoje, a marca de 173.000 visitas de páginas.

Não tendo nenhum vínculo ideológico ou partidário, nosso sindicato continua em sua trajetória independente de tudo e de todos: informa, questiona, polemiza, debate, rebate, denuncia, propõe, e mantém suas portas abertas a quem quer que queira seriamente discutir o presente e o futuro do transporte de pessoas sobre trilhos em São Paulo.

Éverson Paulo dos Santos Craveiro – presidente do SINFERP (Sindicato dos Ferroviários de Trens de Passageiros da Sorocabana)

Ferroviários mantiveram posição e recusaram proposta da CPTM - Confira!


Em assembleia realizada em 18 de abril, na sede social do nosso Sindicato, os ferroviários mantiveram a posição e recusaram a proposta apresentada pela CPTM em 28 de Março.

Lembrando que no dia 12 de abril, nosso Sindicato realizou uma assembleia onde estudou juntamente com a categoria, a proposta apresentada pela empresa. Na ocasião, ficou deliberado à assinatura de um acordo parcial das cláusulas já consensadas como garantia de cumprimento por parte da empresa. A apresentação para a categoria e Sindicatos dos estudos do Programa de Participação de Resultados (PPR) e Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) encaminhados pela CPTM aos órgãos de governo, como também, a continuidade das negociações.

Ainda na assembleia do dia 12, os ferroviários recursaram a proposta econômica apresentada pela empresa.  Devido a forte chuva neste mesmo dia, a categoria decidiu agendar uma assembleia específica, realizada na última quarta-feira (18), para definir um encaminhamento quanto aos índices econômicos.  Nosso Sindicato apresentou uma contra proposta, aprovada por unanimidade pelos presentes. 

O documento foi encaminhado à empresa ainda na manhã desta sexta-feira (20). 

Contra Proposta da Categoria:

Reajuste Salarial de 5,83% (INPC/IBGE-índice intermediário entre IPC/FIPE e ICV/DIEESE),  mais ganho real de 5% (conforme pauta de reivindicação da categoria), estendido ao auxilio materno infantil e patrimônio/taxa de ocupação de imóveis , e tíquete refeição de R$ 21,50/dia - sendo 24 cotas por mês, totalizando R$ 516,00. 

Adequação imediata de uma movimentação horizontal a todos os empregados, cujos cargos, não foram contemplados há mais de um ano.

Solicitar informação quanto à data prevista para implantação de um novo Plano de Previdência Privada ou extensão do Plano de Previdência Privada Suplementar da REFER a todos os empregados da empresa. 

Apresentação para a categoria e Sindicatos dos estudos de PPR e PCCS encaminhados pela empresa aos órgãos de governo, como também, a continuidade das negociações. 

Mobilização 

Ficou deliberado pela categoria que as ações serão especificadas por setores. Para discussão, serão agendadas assembleias com datas e horários a serem divulgados. 

Fiquem atentos às convocações do Sindicato!

Participe!

Lembrem-se: Categoria e Sindicato – Nada pode ser mais forte!

Confira a contra proposta da categoria na íntegra pelo : www.sinferp.org.br 

Por Camila Mendes / Redação 

O encontro de hoje da Frente Parlamentar em Defesa da Malha Ferroviária Paulista




O encontro da Frente Parlamentar em Defesa da Malha Ferroviária Paulista, ocorrido nesta manhã na Assembleia Legislativa de São Paulo, contou, conforme anunciado, com a participação do Diretor de Relações Institucionais e Jurídico da ALL.

Desta vez houve presença um pouco maior de participantes (em torno de 80 pessoas), em especial de deputados, prefeitos e vereadores do interior.

Os poucos deputados da Frente presentes mostraram-se satisfeitos com a presença da ALL, uma vez que, no passado, a empresa recusou-se a atender a casa.

A ALL falou de investimentos, apresentou gráficos que atestam melhorias, e citou inclusive projetos de reativação de dois ou três trechos de interesse econômico para a empresa.

Trens de passageiros: a ALL diz claramente que trens de passageiros não são objeto da concessão. A empresa não é contra, apoia até onde for possível, disse, mas reafirma que não é objeto da concessão. Pode até ceder passagem em trechos sem interesse econômico para a empresa - para VLTs e trens turísticos -, mas nada falou (e ninguém perguntou) sobre devolver trechos.

Patrimônio histórico: de acordo com a ALL, os bens “não operacionais” - linhas desativadas, estações antigas, parte da sucata ferroviária, etc. – não são arrendados pela ALL. Dessa forma ficam sob a responsabilidade direta do DNIT, órgão do governo federal.

Economia paulista: os trens da ALL estão transportando o açúcar produzido no interior de São Paulo para o porto de Santos. A ALL diz ter criado uma empresa para operar com containers, de modo a que os trens transportem outros produtos paulistas, além de commodities.

Esses foram os trechos importantes. O restante ficou por conta de deputados, prefeitos e vereadores reclamando de problemas gerados pela ALL, mas apenas em seus municípios ou regiões.

Como se pode observar, a Frente Parlamentar não saiu do ponto inicial. Ter convidado o secretário dos Transportes Metropolitanos serviu apenas para todos saberem o que é sabido. Ter convidado a ALL serviu, além da novidade do DNIT, para saber o que todos já sabemos.

Na reunião anterior nosso sindicato sugeriu que fosse convidado o secretário dos Transportes do Estado de São Paulo. Fomos vencidos pela proposta de convite à ALL.

Bem, sabemos dos trens regionais que já sabíamos, que a ALL não vai operar trens de passageiros, e que por enquanto tudo fica mais ou menos na mesma.

A saber, agora, o que o governo do Estado de São Paulo pretende (de onde a ideia de convidar o secretário dos Transportes do Estado, e não apenas o metropolitano), mas isso não esteve e não está ainda na pauta.

O encontro foi encerrado sem pauta para o próximo. Já não estamos tão animados...

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Ferroviários recusam proposta econômica apresentada pela CPTM

Nova assembleia já tem data marcada
 Confira!


Em assembleia geral realizada ontem (12), na sede social do nosso Sindicato, os ferroviários presentes decidiram recusar a proposta econômica apresentada pela CPTM no dia 28 de março, onde a empresa ofereceu para categoria o reajuste salarial de 5,65% (4,60% IPC/FIPE, acrescido de 1% - período de março/11 a fevereiro/12), estendido ao auxilio materno infantil, patrimônio /taxa de ocupação de imóveis e vale refeição de R$ 19,02 (22 unidades mês /12 meses).

Sobre as cláusulas já consensadas durante as negociações, foi deliberado à assinatura de um acordo parcial, como garantia de cumprimento por parte da empresa. Quanto ao PPR/2012 e PCCS, ficou aprovado que a empresa deve apresentar aos Sindicatos e a categoria, o estudo enviado por ela aos órgãos de governo.

Em vista da forte chuva de ontem, nosso Sindicato sugeriu uma nova data de assembleia para o dia 18 de abril, quarta-feira, na sede social a partir das 17h30, para avaliação e deliberação de um encaminhamento específico quanto às cláusulas econômicas.

Informações gerais                                                                    

Assembleia Geral

Dia 18/04/2012
Na sede social do nosso Sindicato – Rua Reverendo João Euclides Pereira, 29 – Presidente Altino/Osasco (SP).
Horário da 1ª Chamada 17h30
Horário da 2ª Chamada 18h30

Por Camila Mendes – Da Redação

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Sindicato conta com a participação da categoria na assembleia de hoje

Acontece na tarde desta quinta-feira (12), na sede social do nosso Sindicato em Presidente Altino- Osasco (SP), assembleia geral da categoria.

O objetivo desta assembleia é avaliar e deliberar quanto à proposta apresentada pela CPTM em relação à Campanha Salarial 2012/2013.

Informações Gerais

Local: Sede Social do Sindicato da Sorocabana – Rua Reverendo João Euclides Pereira, 29 / Presidente Altino – Osasco(SP).
Horário 1ª Chamada – 17h30
Horário 2ª Chamada – 18h30

Fique por dentro de tudo o que acontece durante as negociações – Acesse: www.sinferp.org.br

Sindicato e Categoria – Nada pode ser mais forte!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Assembleia Geral


Sindicato e Categoria - Nada pode ser mais forte! 

Nosso Sindicato convoca a todos os ferroviários para uma assembleia geral no dia 12/04/2012, a partir das 17h30 na sede social de Presidente Altino em Osasco (SP), com o objetivo de avaliar e deliberar sobre a proposta apresentada pela CPTM em relação à Campanha Salarial de 2012/2013.

INFORMAÇÕES GERAIS

Dia 12/04/2012
Local: Sede Social de Presidente Altino / Osasco – Rua Reverendo João Euclides Pereira, 29.
Horário da 1ª Chamada - 17h30
Horário da 2ª Chamada – 18h30

Fique por dentro de tudo o que acontece durante as negociações. Acesse: www.sinferp.org,br




quinta-feira, 5 de abril de 2012

COMUNICADO - PROCESSO DOS TÍQUETES

COMUNICADO A CATEGORIA

Lembramos a todos os ferroviários que o Sindicato (Sede e Subsede) não estará funcionando nos dias 05 e 06 de Abril (quinta e sexta-feira), devido ao feriado da Semana Santa. Voltamos a atender na segunda-feira (09), à partir das 8h00 da manhã.



quarta-feira, 4 de abril de 2012

Processo dos Tíquetes – Como proceder?


Durante assembleia realizada no dia 02, referente aos 2% do processo nº 00444002020025020044 / VT: 44ª – “Processo dos Tíquetes”, nosso Sindicato prestou esclarecimentos aos associados da época, quanto aos valores e o pagamento.



Ficou acordado entre os presentes que, os favorecidos deverão comparecer a sede social do Sindicato portando um documento com foto (RG/Crachá) - para conhecimento dos valores e preenchimento da autorização de pagamento. Não serão fornecidos valores por telefone. 


Casos específicos 

Em relação aos associados da época do processo que não constam na lista de favorecidos, deverão trazer cópias dos holerites entre setembro de 2001 a fevereiro de 2002.




Quanto a associados falecidos:


Para Viúvos 

- Cópia de certidão de casamento;
- Cópia Atestado de óbito;
- Cópia RG/CPF do dependente e do associado;
- Cópia do Comprovante de pensão da Previdência Social; 
- Cópia ou número de Inventário, caso exista;



Para Filhos 


- Cópia de certidão de casamento (pai e mãe);
- Cópia Atestado de óbito (pai e mãe);
- Cópia RG/CPF do dependente e do associado;
- Cópia ou número de Inventário, caso exista;

Todos esses casos serão analisados pelo Sindicato junto aos departamentos de consignações e jurídico, para que sejam tomadas as devidas providencias. 

Confira a lista de favorecidos no www.sinferp.org.br 

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Assista as rodadas de negociação pelo Canal do SINFERP no Youtube - 3ª Reunião de Negociação 14/03/2012


Processos dos Tíquetes – Assembleia acontece daqui a pouco !

Acontece na tarde desta segunda-feira (02), às 18h00 na sede social do Sindicato da Sorocabana em Presidente Altino - Osasco (SP), assembleia extraordinária com ferroviários envolvidos no processo nº 00444002020025020044 / VT: 44ª – “PROCESSO DOS TÍQUETES” para esclarecimentos quanto ao pagamento dos 2%.

A listagem com o nome dos favorecidos está disponível pelo site do Sindicato : www.sinferp.org.br

Os inclusos na lista deverão portar os números do RG, CPF, RI e Conta Corrente para preenchimento da autorização de pagamento. As autorizações são individuais. 

No caso de contas conjuntas, deverão ser informadas no ato do preenchimento.

Por Camila Mendes / SINFERP

Informações Gerais:

Endereço Sede Social do Sindicato – Rua Reverendo João Euclides Pereira,29 – Presidente Altino / Osasco (SP).