terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Realizada Audiência Pública de Combate as Cooperativas

Foto Ilustrativa 

Sindicato da Sorocabana diz que a nova lei é   dúbia e capciosa.

No último dia 29, nosso Sindicato participou de audiência pública no “Combate as Cooperativas” – com objetivo de debater e deliberar quanto a Lei nº 12.690, sancionada pela presidente Dilma - em 19/07/2012.  

A plenária foi realizada no auditório do Ministério do Trabalho e Emprego de São Paulo, e contou com a participação de diversas entidades Sindicais.

A nova Lei tende a promover em larga escala, a perda do vínculo empregatício, e com isso o dar enorme vantagem financeira ao empregador, pelo não recolhimento dos encargos trabalhistas - FGTS e INSS.

Em contra partida o trabalhador passa a ser “Cooperado”, ou seja, sem direito ao FGTS, Seguro Desemprego. Além de afetar os valores de aposentadoria, caso não faça ele o recolhimento.

O debate foi acalorado e as entidades sindicais entenderam que o objeto em questão é mais um atentado contra o trabalhador, já que este terá seus direitos rebaixados por formas legalizadas – uma reforma trabalhista camuflada e tendenciosa.

Nosso Sindicato também manifestou sua preocupação quanto aos perigos que a nova lei traz consigo, dentre eles - os problemas de interpretação de trechos em determinados artigos, das lacunas legais que permitem variantes, e o perigo das entidades Sindicais sérias serem engolidas por criações de cooperativas em toda a atividade de uma empresa.

“Devemos atentar que o Ministério do Trabalho e Emprego é legalista, e hoje se encontra em sucateamento. A falta de auditores, administrativo, equipamentos, de material de consumo, são a prova inequívoca do descaso existente. É primordial a contratação de auditores fiscais, de mais trabalhadores administrativos, como também, dar condições para que estes possam desempenhar as suas funções, a fim de proteger o trabalhador quanto ação do Capital”, declarou Rogério P. Dos Santos – Dirigente Sindical da Sorocabana – “O Ministério do Trabalho, não pode agir sem respeitar o que preceitua a lei. A Lei é dúbia e capciosa, ela bem pior que a do projeto de lei das terceirizadas”, finalizou Rogério.

Por Camila Mendes