Na última segunda feira, 16 de Janeiro, ocorreu um acidente na Oficina de Engenheiro São Paulo que, por muita sorte, não resultou em morte de mais um companheiro da Manutenção.
O fato aconteceu quando um eletricista de manutenção trocava um fusível na parte debaixo de um Trem Série 4400 e, quando este executa a atividade, outro companheiro ligou o trem e acionou o Pantógrafo, fazendo com que este alimentasse o circuito elétrico com alta tensão - 3000 VOLTS -, onde estava sendo executado o serviço.
No exato momento o eletricista estava substituindo um fusível e o segurava pela parte isolante, atitude que evitou um acidente fatal, pois não sofreu uma descarga.
Apesar disto, a descarga abriu um arco voltaico (elétrico) provocando queimaduras de segundo grau no seu rosto e braços, sendo socorrido imediatamente a um Hospital na Moóca e posteriormente transferido ao hospital Santa Cecília da Intermédica, onde passou por diversos exames e procedimentos, recebendo alta no dia 17 pela manhã.
O Sindicato esteve no local do acidente e conversou com diversas pessoas para apurar o que causou o acidente, e constatou que houve falha de comunicação entre os trabalhadores, em função da pressão para liberação rápida do trem para circulação.
Quanto às medidas adotadas para prevenir mais acidentes, os trabalhadores, em conjunto com a chefia, estão elaborando um procedimento que melhore a segurança na comunicação e no ligamento e desligamento dos trens e rede aérea.
Iremos acompanhar essas medidas.
O trabalhador passa bem e, segundo ele, está sendo bem assistido pelo plano de saúde e pela CPTM.
Opinião
Não é de hoje que existe uma pressão grande sobre todos os trabalhadores para que a circulação seja atendida, mas a diferença dos trabalhadores da Manutenção para os demais é a execução de atividades que incidem em maior risco de acidentes ou morte.
Não vimos por parte da empresa, desde as mortes ocorridas no final de ano, mudança de postura quanto às políticas de segurança do trabalho, e esperamos que este ano não tenhamos noticias trágicas que envolvam os trabalhadores.
É sabido por todos que a política de Segurança do Trabalho na CPTM é tratada em terceiro plano, portanto, é dado ao trabalhador zelar pela sua segurança e a de seus companheiros, de forma a não deixar que as pressões exercidas pelas chefias os façam executar atividades que ponham em risco a sua segurança e a dos demais trabalhadores.
A CPTM quer se tornar uma empresa moderna com práticas antigas, e pior, expondo em risco a vida de seus trabalhadores.
Não ceda a pressões, denuncie ao Sindicato.