O SINFERP protocolou ontem (28/11), na Assembleia Legislativa de São Paulo, documento endereçado ao Dep. Mauro Bragato, coordenador da Frente. Conheça o conteúdo:
Acusamos o recebimento da Revista Frente Parlamentar, publicada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, com a chamada “Em defesa das ferrovias paulistas”.
Estivemos presentes nas três reuniões da Frente, e estaremos presentes em todas que forem promovidas. Temos, inclusive, auxiliado na divulgação delas, por meio do blog São Paulo TREM Jeito, patrocinado pelo SINFERP.
Acompanhamos, nos últimos meses, o interesse do governo federal pela reativação das ferrovias – inclusive para trens de passageiros, que é objeto maior de nossa atenção - e, nessa medida, os esforços da Frente Parlamentar paulista estão em dia com a agenda nacional.
Sob a concessão do governo federal, atuam hoje na chamada Malha Paulista a ALL, FCA e MRS. Por responsabilidade do governo do Estado de São Paulo, a CPTM e a EFCJ. Falamos, portanto, de cinco empresas explorando os trilhos existentes no Estado de São Paulo.
Temos, porém, um problema que passamos a apontar. Se recorrermos aos mapas ferroviários editados por órgãos públicos, veremos neles a existência de linhas que foram erradicadas em passado distante. Não temos, portanto, nenhum mapa ferroviário atualizado, e com chancela pública, que permita aos interessados uma visualização confiável da situação atual da malha ferroviária no Estado de São Paulo.
Entendemos que essa expressão visual é de interesse até mesmo para os membros da Frente, pois apenas sobre ela é possível discutir e até mesmo encaminhar sugestões de aproveitamento.
Sugerimos à Frente, portanto, que obtenha junto aos setores responsáveis no governo estadual e federal, a publicação de um mapa ferroviário atual da malha paulista, discriminando: 1) a concessionária responsável pela exploração de cada um dos trechos; 2) a verdadeira discriminação visual deles, segmentados em ativos e inativos.
Esse sim seria o mapa real, atual, da denominada Malha Ferroviária Paulista, e sobre ele poderíamos todos falar uma mesma língua, ainda que com diferentes visões. Como, sem ele, falar em retomada de trens de passageiros, investimentos públicos na malha, regulamentação de direitos de uso e de passagem, transmissão de direitos de uso de imóveis, revalorização das ferrovias, integração de modais e até mesmo de linhas turísticas?
Gostaríamos também de sugerir à Frente, a margem dos trens turísticos pelas quais parece ela interessada, a inclusão de VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) na agenda das discussões, pois podem ser de imensa importância para o transporte de pessoas entre duas cidades relativamente próximas, pela utilização de ramais desativados, desafogando as estradas paulistas. Importantes também para os munícipes de cidades grandes do interior, onde os trilhos estão sendo simplesmente arrancados para dar lugar ao asfalto.
Solicitamos que este documento seja compartilhado com os demais deputados que compõem a Frente, para eventual apreciação e aproveitamento.
Osasco, 26 de novembro de 2012.