sexta-feira, 30 de agosto de 2013

CLIPPING SINFERP 2009: Realidade e Romantismo

Imagem: encorajamento.blogspot 
Caro leitor, é crescente a violência no País seja ela de forma direta ou indireta.Uma recente pesquisa realizada pela FIPE sobre a violência nas escolas públicas com pais, alunos e professores revelou que 99% das pessoas possuem algum preconceito ou intolerância. Foram entrevistadas 18500 pessoas em 501 escolas públicas em todo País.

Segue o ranking da intolerância :

• Portadores de necessidades especiais: Síndrome de Down
• Etnia Racial: Negro
• Orientação Sexual: Homossexuais
• Gênero: Mulher
• Geracional:Idoso
• Territorial: Nordestino
• Socioeconômico: Pobre

O ranking acima não é nenhuma novidade para quem  sofre a discriminação ou preconceito. Quem é vítima sente e sabe diretamente. Quem fala que não existe são os românticos de plantão que ficam a tagarelar dizendo que não há preconceito, coloca a situação apenas em relação às questões
de pobreza.

Como iremos criar uma sociedade tolerante se nossas crianças já saem de casa com algum tipo de preconceito?

Grupos neonazistas estão frequentemente nos noticiários incitando o ódio racial, índio é queimado pelos
entediados meninos de classe média, linchamento do transeunte negro gay nos arredores da Avenida Paulista.

Até na internet, sites de relacionamento como o mais popular do país, o Orkut/Facebook, aproxima os iguais: Quais comunidades você pertence? Quais eu pertenço?

Esta tendência pode agravar ainda mais a situação e, para corrigí-lo levaremos gerações e gerações. Se em algum dia já repudiamos o Holocausto Nazista, o Apartheid Sul Africano, o genocídio em Kosovo patrocinado por Slobodan Milosevic ... então temos de agir contra esses acontecimentos, aplicar valores, solidificar as bases, espalhar o respeito mútuo,
as relações e a fraternidade.

Agora pense ...

Estes parâmetros também servem no ambiente de trabalho?

Quais os tipos de violência estou submetido? Quais são as nossas relações de trabalho na CPTM? Estou sofrendo algum tipo de discriminação ou assédio? tenho chefe? tenho um líder inspirador? Ou tenho um senhor feudal? Ou tenho um ditador totalitário? O que nós temos? O que nós somos? Somos iguais
ou diferentes????

Terminarei utilizando uma frase de um Lider dos Direitos Civis assassinado por discursar a igualdade entre etnias: “Nos devemos aprender a viver juntos como irmãos, ou perecer juntos como idiotas “ - Martin Luther king ( 1929 1968 )

Luis Carlos Neto - Ferroviário e Dirigente Sindical 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

E quem paga por isso ...

Imagem: Uol
Após ter o visor de seu TABLET danificado pelo empurra-empurra no embarque dos trens metropolitanos, no dia 22 de agosto, uma usuária do sistema (que não se identificou), registrou no site de denúncias Reclame Aqui, sua indignação com os serviços prestados pela CPTM: “Gostaria de expressar minha insatisfação com a companhia de trem da CPTM, que além da falta de respeito com usuários, tratados pior do que animais, todos espremidos, a forma que temos que embarcar todos os dias causa estresse total!”, declarou.

“No dia 20, embarquei na estação Ferraz de Vasconcelos, que também está uma porcaria, já que nunca terminam a reforma. Chegando a estação Gianetti, que terrível! Fui tão massacrada que não tinha como esquivar minha bolsa onde estava meu TABLET novinho. A bolsa acabou sendo prensada entre as pessoas e o ferro de apoio. Chegando no emprego, constatei que meu TABLET estava com o visor todo danificado. Estou tremendamente indignada! Vou continuar  pagando algo que não tenho mais”, afirmou.

Pois é, esse é apenas mais um dos resultados do tão enfatizado “Sucesso do Sistema”.

E quem paga por isso ...  ferroviários ... usuários ... 

Camila Mendes 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Dica SINFERP: Livro - "Compreendendo o Assédio Moral no Ambiente de Trabalho"

O livro "Compreendendo o Assédio Moral no Ambiente de Trabalho", lançado neste ano pela Fundacentro, apresenta práticas de assédio, pesquisas e o entendimento jurídico sobre o tema. Assim, como os tipos de conflitos que podem ser designados como assédio.

O objetivo da publicação é esclarecer o leitor sobre o assunto.

Em síntese, o livro reúne informações levantadas em seminário realizado em 2010 pela Fundacentro, o qual levou o mesmo nome da obra e que teve o objetivo de difundir as informações e pesquisa sobre o tema. Seus autores são especialistas no assunto, entre eles estão: Edith Seligman Silva, Margarida Barreto e Roberto Heloani.

Fonte: Revista OI - Sindmetal 


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Em pauta: 2,34 milhões de pessoas morre, por ano, em decorrência do trabalho - Confira!

Quando o assunto é morte relacionada ao trabalho,os números são simplesmente  assustadores, e colocam em xeque as politicas de segurança adotadas por empresas públicas e privadas em todo o país.

Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), "a cada ano, acontecem  2,34 milhões mortes relacionadas ao trabalho. Deste total, 321 mil são referentes a acidente de trabalho e 2,02 milhões por diversos tipos de enfermidades relacionadas com o trabalho, o que equivale a uma média diária de mais de 5.500 mortes".

Cenário este, que infelizmente, alcança também a ferrovia. 

Baseando-se em dados disponibilizados na intranet, imprensa e denúncias da categoria, calcula-se em média, que só no ano de 2011, foram registrados 258 acidentes na CPTM, ou seja, ao longo de 12 meses uma média de um acidente por dia. Destas ocorrências, 63 aconteceram nas linhas 08 (Diamante) e 09 (Esmeralda), sendo:  41 com empregados terceirizados e 22 com ferroviários. Vale ressaltar, que estes dados vão de um simples escorregão a acidentes fatais.

Diante disso, é fato que ainda engatinhamos na prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.

Daí a importância de conhecer as legislações trabalhistas, pois, estas estabelecem parâmetros para garantir a segurança do trabalhador. Um bom exemplo de parâmetro é a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidente. 






A importância dos CIPEIROS 

No dia 22 de agosto, o SINFERP, realizou um encontro com ferroviários, dirigentes do Sindicato e atuais gestores da CIPA 2013, com o objetivo de fornecer subsídios de lei para a prática de gestão dos cipeiros.

Sempre comprometidos com os colegas, os cipeiros podem registrar os riscos, sugerir e cobrar as melhorias no ambiente de trabalho. 

Caso os problemas não sejam solucionados pela empresa, o cipeiro, pode encaminhar suas denúncias ao Sindicato, e este como instituição, pode formalizá-la junto aos órgãos competentes. 


Como a categoria pode contribuir?

Denunciar é a melhor forma de contribuição. Isso pode ser feito diretamente ao Sindicato, que garantirá sigilo absoluto quanto a identidade do trabalhador.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

SINFERP fala ao Jornal do Trem – sobre a modernização inadequada na CPTM.

Imagem: Jornal do Trem 
“Uma Companhia Fora dos Trilhos” – essa foi à chamada da matéria de capa do Jornal do Trem, na manhã desta sexta-feira, 23 de agosto.

A matéria publicada hoje (23) reforçou mais uma vez, antigas denúncias feitas pelo Sindicato, que já havia chamado a atenção para o alto investimento feito pela CPTM na compra de novos trens, em contrapartida a falta de modernização das linhas férreas, que são as mesmas a mais de vinte anos.

“É como comprar uma Ferrari e colocar para andar na roça. Todo sistema ainda é o mesmo desde que a CPTM assumiu, há mais de 20 anos”, disse Rogério Centofanti - consultor do nosso Sindicato, e continua, “A malha ferroviária que temos hoje não suporta os novos trens que estão chegando. Há ondulações , desníveis e desgaste nos trilhos,  a rede elétrica não suporta a carga de energia e as poucas subestações não dão conta”.

A discussão, também trouxe à tona, questionamentos sobre os casos de funcionários demitidos por justa causa, após terem se envolvidos em acidentes com ou sem vítimas - sob o argumento do governo e dos gestores da empresa de ter havido falha humana, quando na verdade há evidências de possíveis falhas no sistema, que nem sequer foram investigadas.


Fato este que o Sindicato atribui ao escapismo do governo. É uma forma de desviar a atenção dos inúmeros problemas de gestão da empresa.

Veja a matéria na íntegra:


CLIPPING SINFERP/ 2008: Ferroviários no Metrô - Tempos modernos... práticas antigas

Na época do regime militar – ditadura, a polícia militar e o exército eram “pau para toda obra”, prendiam, torturavam, julgavam e executavam. Na década de 70, quando sugiram as primeiras greves, eram eles que, além da repressão, substituíam os trabalhadores paredistas.

Atualmente, o Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Transportes Metropolitanos está adotando prática similar, numa atitude autoritária, a partir de meados de maio e início de junho (2008), em todas as linhas da CPTM agentes operacionais foram escalados para fazerem treinamento nos equipamentos de fluxo e arrecadação na Companhia do Metropolitano para numa eventual greve dos metroviários, os ferroviários operarem as bilheterias e linhas de bloqueios do Metrô.

A pressão ficou evidenciada na forma de convocação dos participantes dos cursos: a grande  maioria dos empregados chamados tinha menos de 2 anos de Empresa.

A Empresa não respeitou nem as escalas, ignorou folgas, horário e local de trabalho, simplesmente ordenou que os empregados se apresentassem, ora no CCO da Vergueiro, ora no prédio da Augusta.

Ferroviários no Metrô: Tempos modernos... práticas antigas

Opinião

Com a aproximação da assembleia geral dos metroviários para a decisão do movimento paredista, até os agentes operacionais da CPTM que ainda não tinham feito o treinamento foram designados a ficarem de “sobreaviso” para se apresentarem ao Metrô. Tinha empregados que trabalharam até as 22 horas e, se houvesse greve, iriam se apresentar às 4 horas da manhã do dia seguinte.
Essa situação toda nos remete a uma série de questionamentos e reflexões:

Os metroviários recebem adicional de risco de vida. Os ferroviários também receberiam?

Os metroviários recebem participação nos resultados (mais ou menos R$ 3.000,00). Os ferroviários também receberiam?

Quem se responsabilizaria por qualquer acidente que acontecesse? A CPTM ou o Metrô?

Com um quadro insuficiente, horas-extras em várias estações desde o ano passado, sobrecarregando ainda mais os trabalhadores, como a Secretaria dos Transportes pode fazer um plano de contingência com trabalhadores da CPTM para atender a necessidade de outra empresa?

Não é porque a Secretaria de Transportes Metropolitanos abrange as duas Empresas que ela pode, arbitrariamente, misturar as duas Companhias, inclusive por terem Acordos Coletivos de Trabalho diferentes.

Plano de contingência é uma necessidade de qualquer empresa, porém, não pode ser feito às pressas, sem critérios e sem respeitar Leis. Mais uma vez, o Governo do Estado e a CPTM tentam mostrar que estão acima do bem e do mal!

Por Múcio Alexandre Bracarense - dirigente Sindical – Publicado no jornal O Movimento em julho de 2008.



quinta-feira, 22 de agosto de 2013

“CIPA: Aspectos Jurídicos e Legais” - Encontro foi realizado na noite de ontem (21)

Foi realizado na noite de ontem (21), na sede do Sindicato em Osasco/SP, o encontro – “CIPA: Aspectos Jurídicos e Legais”, ministrado pelo advogado Marcelo Trigueiros.

Entre os presentes, dirigentes do Sindicato, e atuais gestores da CIPA 2013.

Trigueiros, iniciou falando sobre as expectativas do encontro: “o objetivo hoje, é fornecer subsídios de lei para a prática de gestão dos cipeiros. As referências jurídicas que serão apresentadas aqui servirão como uma contribuição legal de atuação”.

Na sequência falou do surgimento e da importância da CIPA, no exercício do seu direito. 

“A Comissão Interna de Prevenção a Acidentes começou a surgir em meados de 1921, por recomendação da OIT – Organização Internacional do Trabalho. Isso se deu, porque na época não havia subsídios jurídicos que colocassem limites nos excessos das empresas, o que resultava em trabalhadores doentes e muitos acidentes de trabalho. Com o Decreto de lei 7.036 – em 1944, as empresas brasileiras foram obrigadas a instalarem a CIPA”, explicou Marcelo.   

“Entre às funções atribuídas à CIPA, estão a de identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho, participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho”, disse Trigueiros.

E mesmo com essa medida, infelizmente ainda se tem muitos acidentes. Só no ano de 2012 foram registrados 440 mortes em decorrência do trabalho. Só os dados do SUS, registraram 70 casos de acidentes por dia. Imagine aqueles que não entraram nesta estatística”, indagou.

Quando questionado se a CIPA poderia ou não investigar as causas de um acidente de trabalho, Trigueiros explicou que “dentro de suas atribuições sim. Afinal, conhecendo as causas do acidente, é possível criar formas de prevenção para que não ocorram outros da mesma proporção. Porém, é importante ressaltar que não cabe a CIPA, a execução de laudos periciais ou técnicos”.

Trigueiros, falou sobre atuação do Sindicato em conjunto com a Comissão: “as entidades sindicais são de extrema importância na representação e na formalização de denúncias trazidas pela CIPA aos órgãos competentes”.

Finalizando a apresentação, Marcelo se colocou a disposição do Sindicato, para novas apresentações sobre novos temas que atinjam de forma direta os trabalhadores.

Quer saber mais? 
Confira na integra a apresentação de ontem:


Dê sua opinião! Qual o tema que você gostaria de ver em um encontro no SINFERP? Escreva para eventos@sinferp.org.br 




quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A audiência no processo trabalhista

Imagem: g1.com.br
A audiência é uma das etapas mais importantes do processo trabalhista. Ela é presidida por um Juiz e realizada no Fórum do Trabalho da cidade onde a ação tenha sido encaminhada, em data marcada pela Justiça e informada com antecedência às partes ou aos seus advogados.

O comparecimento do reclamante (autor da ação) e reclamada (réu) é obrigatório. Se o reclamante se ausentar, injustificadamente, o processo será arquivado. O não comparecimento da reclamada, sem justificativa, implica sua revelia e confissão quanto aos fatos alegados pelo autor. Normalmente, o atestado médico de incapacidade de locomoção naquela data é admitido como justificativa da ausência, sendo preferível que essa situação seja comunicada ao advogado ainda antes da audiência.

Na sessão, o réu deve apresentar sua defesa.

Se o processo tratar de direitos que dependam da prova de fatos, poderão ser ouvidos o reclamante, a reclamada e as testemunhas.

A reclamada é representada, em audiência, por um empregado, neste ato chamado de preposto. Ele deve ter conhecimento dos fatos discutidos na ação, ainda que não os tenha presenciado. O Juiz considerará ter havido confissão quanto às questões desconhecidas pelo preposto.

Nas ações que dependam de provas, o comparecimento das testemunhas à audiência também é essencial. Elas são convidadas por uma das partes ou convocadas pela Justiça para falar sobre fatos que tenham presenciado. Caso sejam convocadas e não compareçam, injustificadamente, podem sofrer uma série de penalidades, como condução por Oficial de Justiça e pagamento de multa.

Expediente

O preposto e a testemunha não podem ser confundidos. Enquanto o preposto comparece à audiência como representante de seu empregador, a testemunha não pode ter compromisso com nenhuma das partes. Normalmente ela é convidada pelo autor ou pelo réu, embora não seja raro que as duas partes convidem a mesma testemunha, o que não tem problema algum, já que sua obrigação é a de dizer a verdade. Caso constate que a testemunha mentiu, o Juiz poderá confrontar seu depoimento com a de outra(s) e até mesmo notificar as autoridades competentes para instauração de processo criminal.

Depois de ouvidas as partes e testemunhas -repita-se que não são todos os casos em que isso é necessário – o Juiz determinará outras providências que entenda cabíveis ou marcará uma data para Julgamento.

As partes e os advogados tomam conhecimento da decisão, chamada sentença,apenas depois de sua publicação no Diário Oficial.

A título de conclusão, é fundamental destacar que a empregadora não pode pressionar, ameaçar ou retaliar o reclamante, preposto ou testemunha.

Qualquer procedimento nesse sentido deve ser imediatamente comunicado ao Sindicato para as devidas providências.

Por fim, salientamos que não é possível, em um breve artigo, tratar de questões específicas. Elas devem ser analisadas caso a caso, com a maior rapidez possível, a fim de evitar prejuízos.


Por Marcelo Trigueiros - Advogado do Sindicato

terça-feira, 20 de agosto de 2013

“Nos Trilhos da Negociação Coletiva: Uma Perspectiva Sindical” – entre os livros de negociação mais vendidos- Confira!

Lançado em 2011, o livro: “Nos Trilhos da Negociação Coletiva: Uma Perspectiva Sindical” – do dirigente Sindical Éverson Paulo dos Santos Craveiro já alcançou uma marca entre os mais vendidos sobre o tema nos sites: maremoto.com e relativa.com. - A informação é da página de buscas – Google.

Pioneira, a obra retrata a negociação entre sindicatos e empresas de uma ótica jamais vista em termos literários no Brasil: a do Sindicalista. - Saiba mais!

O livro também pode ser adquirido em sites de lojas como: Extra, Casas Bahia, Ponto Frio e americanas.com - ou diretamente, na sede do Sindicato em Osasco – Rua Dona Primitiva Vianco, 600 – Centro.

Para mais informações fale com o SINFERP – (11) 3681-8550 ou secretaria@sinferp.org.br

Por Camila Mendes


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

No exercício do seu direito : “CIPA - Aspectos Jurídicos e Legais”

O encontro “CIPA: Aspectos Jurídicos e Legais” – a realizar-se no dia 21 de agosto, pelo SINFERP, apresentará a origem histórica, composição, integração, atribuições, principais objetivos e garantias - da CIPA, como também, a definição legal de Acidente de Trabalho e a Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT.

O tema foi escolhido a dedo pelos dirigentes do Sindicato, após se depararem com inúmeras dúvidas da categoria sobre o assunto. Em especial, ao que se refere a CIPA no exercício do seu direito.

Para ministrar o encontro, o Sindicato convidou o advogado Marcelo Trigueiros - especialista na área trabalhista, graduado em Direito, e pós-graduado em Lato Sensu - pela PUC – SP.
Dr. Trigueiros, já é conhecido pela categoria ferroviária, principalmente no que se refere ao sucesso das ações trabalhistas montadas por ele e ajuizadas em face de nossos associados.  

O encontro acontece nesta quarta-feira (21), a partir das 19h00, na sede do Sindicato – Rua Dona Primitiva Vianco, nº 600 – Osasco – Centro.

É gratuito e o interessado deverá apenas confirmar sua presença, através do endereço eletrônico: eventos@sinferp.org.br

Maiores informações: (11) 3681-8550 

Simefre abriu as portas para cartel, diz assessor do sindicato dos ferroviários da Sorocabana

Jornal GGN - O assessor do STEFZS (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana), linhas 8 e 9 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), Rogério Centofanti, revelou que as denúncias de cartel na companhia são antigas e “apenas a ponta do iceberg”. 

Rogério afirma que, há anos, os problemas da CPTM vêm sendo denunciados, mas que só será possível mudar esse cenário quando mudar o governo de São Paulo e toda a diretoria da companhia porque o transporte público “é muito mais um balcão de negócios, do que atividade a serviço da população”. 

Ao comentar os atestados que são concedidos pelo Simefre (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários), entidade sem fins lucrativos que também compõe a base ferroviária, e como funcionaria o esquema - tendo em vista que parte das denúncias de cartel passa pela liberação deles - Centofanti explicou que “quando um trem é importado, obrigatoriamente passa pela aprovação da chamada indústria nacional". 

“Então, quando se tem um trem de fora ele só entra se tiver um aval da indústria ferroviária nacional, que, na verdade, é indústria transnacional nacionalizada, porque não temos mais indústria nacional ferroviária. O que temos é um monte de multinacionais com fachada de nacionais”, esclarece. 

Centofanti acrescenta que esse é o problema de os chineses entrarem no país "porque você tem um lobby das transnacionais e, é onde inicia a reserva de mercado para indústria ferroviária; então, ficam com os de sempre: Alstom, CAF, Siemens”, alerta. 

Para o dirigente da base ferroviária não é possível o governo do estado ir para a imprensa e dizer que é vítima desses cartéis porque os contratos fechados não deixam de passar nas mãos de agentes públicos, “afinal, é sua equipe que faz os editais”. 

Porta para roubalheira 

O assessor do sindicato dos ferroviários de Sorocabana relata que a relação do Simefre com esse esquema começou aproximadamente em 1997, época em que a CPTM importou um trem espanhol, da rede ferroviária do país, que estava envolvida no último acidente monstruoso ocorrido no mês passado. 

“Esse trem espanhol foi doado para o governador do estado de São Paulo, mas havia algo interessante: só seria doado se os paulistas pagassem pela sua reforma na Espanha; e cada trem usado e reformado teve praticamente o preço de um novo”, explica. 

Para o assessor, a situação causou estranheza “porque nós brigávamos contra o trem espanhol, nós da Sorocabana junto com o Simefre; porque não interessava nem para eles e muito menos para nós. Mas, estranhamente eles aprovaram o 'atestado' do trem espanhol em troca da reforma de alguns trens aqui no Brasil. 

Lamentavelmente, foi o Simefre que abriu a porta para essa roubalheira toda que estamos vendo aqui hoje”, analisa. Questionado se as denúncias protocoladas pelo STEFZS ao Ministério Público podem ser desarquivadas, Centofanti explica que “a pressão popular está fazendo com que Ministério Público, Tribunal de Contas, partidos políticos e Assembleia Legislativa, órgãos nos quais nunca acreditamos, se mexam”, desabafa. Para Centofanti só haverá investigação a sério se esse movimento de luta permanecer. 

GGN – Luciana Silva – 15/08/2013

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Sindicato da Sorocabana conquista mais uma reivindicação histórica para o Pessoal de Estação

Representados do Sindicato da Sorocabana ganham em julgamento de Dissidio Coletivo de 2012 - 15% de Adicional de Risco de Vida para Estação 


No último dia 12, foi publicado o Acórdão, referente ao julgamento do Dissídio Coletivo de 2012 – ocorrido em 31 de julho deste ano, que oficializa as decisões tomadas pelo tribunal,  incluindo o pagamento dos 15% de Adicional de Risco de Vida da Estação. 

Lembrando que, durante as negociações de 2012, somente Sindicato da Sorocabana, moveu um processo de Dissidio Coletivo Econômico Especifico em face de seus representados, pleiteando os 15%.

Com a publicação do Acórdão, o Sindicato aguardará um posicionamento da empresa quanto ao cumprimento do benefício concedido pelo TRT. Caso isso não aconteça, o Sindicato, juntamente com a categoria, tomará as decisões que julgar necessárias.


Conheça o Acórdão 


Assédio Moral no Trabalho

Fonte da Imagem : Google 
Nos últimos anos, muito tem se comentado sobre assédio moral nas relações de trabalho. Diante da importância do tema e considerando que ele nem sempre é tratado com a precisão técnica necessária, cabem alguns breves esclarecimentos.

O assédio moral não é definido expressamente pela CLT ou qualquer outra lei trabalhista federal. Assim, cada caso é avaliado de acordo com todas as suas peculiaridades.

Considera-se que um ato isolado não é suficiente para caracterização do assédio. Embora ele até possa ocasionar um dano moral, passível de reparação, entende-se que o assédio pressupõe repetição de condutas irregulares, que devem ser analisadas em conjunto.

A quantidade de situações que podem corresponder a tal irregularidade é imensa. Tratando do assédio moral no âmbito da administração pública municipal de São Paulo, a Lei n. 13.288, de 2002, por exemplo, elenca como condutas desse tipo: “marcar tarefas com prazos impossíveis; passar alguém de uma área de responsabilidade para funções triviais; tomar crédito de idéias de outros; ignorar ou excluir um funcionário só se dirigindo a ele através de terceiros; sonegar informações de forma insistente; espalhar rumores maliciosos; criticar com persistência; subestimar esforços”.

É importante destacar que embora o assédio mais comum seja o praticado pelos superiores em relação aos subordinados, na prática ele também pode ocorrer entre colegas de mesma hierarquia ou até mesmo partir de subalternos contra os chefes. Em qualquer dessas hipóteses, ocorrendo o assédio no trabalho ou em razão dele, o empregador será responsabilizado pelos atos do praticante da conduta irregular. Isso porque a empresa tem o dever de manter um ambiente sadio de trabalho.

A exposição repetida a esse tipo de condição nociva pode trazer uma série de conseqüências graves à saúde física e mental do trabalhador e cabe ao empregador zelar para que isso não ocorra, inclusive sob pena de responder por elas.

Por tudo isso, é fundamental que tão logo se depare com alguma das situações mencionadas acima ou outras similares, o trabalhador comunique o fato ao Sindicato, a fim de que a entidade possa intervir junto aos superiores e eventualmente até mesmo ajuizar ação judicial, pedindo que o 

A título de curiosidade e conclusão, chamamos atenção ao fato de que a palavra trabalho tem origem no latim clássico, tripalium, que era um instrumento de tortura. Dessa noção aos dias de hoje, as relações de produção e serviços passaram por muitas transformações e espera-se que para melhor, devendo ser definitivamente erradicadas condutas que exponham o trabalhador a tão graves e inaceitáveis condições. Afinal, a atividade profissional deve ser fonte de prazer, inclusão social e acesso aos bens de consumo e não um martírio.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

“O PROPINODUTO TUCANO sufoca o transporte ferroviário” – Esse foi o tema que os ferroviários da Sorocabana levaram para as ruas na tarde de ontem (14).

Durante a manifestação, ocorrida ontem (14) no Centro de São Paulo, os ferroviários da Sorocabana foram representados pelos dirigentes do SINFERP – que protestaram contra o escapismo do governo referente aos diversos problemas da CPTM, e exigiram a apuração imediata do “PROPINODUTO”.


A manifestação teve inicio às 15h00, no Vale da Anhangabaú e contou com a participação do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, Movimento Passe Livre, DCE Livre da USP, Sindicato dos Metroviários e outras entidades.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

PCCS X CPTM e CODEC

Foto Ilustrativa / Fonte: Google
Quando o assunto é PCCS, a resposta praxe da CPTM, é que os estudos do plano já estão prontos e foram encaminhados ao CODEC, e que ela aguarda a devolução deste estudo para apresentação aos Sindicatos e categoria.

Para não dizer que isso nunca aconteceu, em dezembro de 2011, a empresa apresentou uma proposta de PCCS e suas respectivas estruturas.  Porém, mais uma vez, havia agido de forma unilateral, e elaborado um plano que além de não ter a participação dos Sindicatos, não havia nenhum dado estatístico ou de mercado para criação e estruturação do mesmo.

Com os questionamentos do Sindicato e sem saber o que responder, desde então, a empresa não apresentou mais nenhum estudo -  pois, eles sempre estão no CODEC.

Dai a indagação da categoria em saber para que afinal serve o CODEC ? Quais suas atribuições? Finalidade?



Para esclarecer essas dúvidas, conheça o material abaixo e saiba um pouco mais sobre o CODEC.



Vale lembrar a todos, que podemos mudar esse jogo.

Como? Um grande passo é  contribuir com informações e sugestões, que podem ser enviadas a comissão eleita em assembleia - para discussão do novo plano junto o TRT.  

Isso pode ser feito, através do endereço eletrônico: comissão_psc@sinferp.org,br

Sindicato e Categoria – Nada pode ser mais forte!


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Já começaram os Plantões Jurídicos com especialistas nas áreas Civil e Criminal

Conforme anunciado anteriormente, o Sindicato fechou uma parceria com o escritório dos advogados - Paulo Roberto Costa de Jesus e Érico Lafranchi Camargo Chaves - especialistas nas áreas Civil e Criminal.

O plantão é gratuito a todos os associados e funcionará em nossa sede todas as terças-feiras – No horário das 09h00 às 12h00 - A começar a partir desta terça-feira (13/08).

Nosso endereço: Rua Dona Primitiva Vianco, 600 - Osasco - Centro 

Para maiores informações, entre em contato com o Sindicato no telefone (11) 3681-8550 ou pelo endereço eletrônico : secretaria@sinferp.org.br 


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A “nova” da CPTM

Foto ilustrativa / Google
Dando continuidade ao escândalo do "PROPINODUTO", no último domingo (11), foi publicado pela Folha de São Paulo que: “CPTM fez duas concorrências internacionais em 2002, vencidas pela Siemens e pela Alstom, em que houve direcionamento e restrição à competitividade, segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE). O órgão de fiscalização considerou irregulares as licitações. O valor atualizado dos dois contratos, para a manutenção de dois modelos de trens, é de R$ 430 milhões.”

Em sua defesa, a CPTM, respondeu que: “sindicâncias abertas pela empresa sobre os dois contratos concluíram que não houve prejuízo aos cofres públicos nos negócios fechados em 2002.”

Alguém já tinha ouvido algo assim da empresa?

Em 2012, o Sindicato publicou um jornal falando sobre os bastidores dos acidentes na empresa, e citou a forma com que a CPTM costuma a tratar suas “sindicâncias”.

De acordo com dados disponibilizados nos meios de comunicação internos da própria empresa, só no ano de 2011, foram abertas vinte e duas sindicâncias para apurar ocorrências, denúncias e irregularidades.

Relembre esses dados


Todas tinham como prazo para a conclusão - 30 dias, porém até hoje, os resultados são desconhecidos pelo sindicato.

Portanto, já sabemos onde isso vai chegar... ou pior .. onde não vai chegar  ...



sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Você sabe quanto a CPTM gasta em acidentes de trabalho? Não!?!

Não fique constrangido se você não souber, pois ela também não sabe. Sabemos apenas quem paga a conta. A CPTM não adota nenhum método ou técnica de avaliação para calcular o custo direto ou indireto de um acidente de trabalho. Sabemos que uma vez ocorrido o acidente os custos não ficam restritos à Empresa, parte do ônus recai sobre as contas públicas.

Quando acontece um acidente de trabalho, os benefícios concedidos são pagos pela Previdência, vejamos:se for um óbito, a pensão é paga para os dependentes do falecido; se for incapacitação funcional temporária há uma compensação salarial durante o afastamento; se ocorrer sequela permanente será paga uma pensão ao acidentado.

Ocorreu um acidente, imediatamente temos a diminuição ou até mesmo a perda do tempo da produção, ou até mesmo a interrupção, paralisação ou atraso no cronograma. Temos também despesas com atendimento de primeiros socorros. Ás vezes ocorre a destruição de equipamentos, daí teremos despesas com a manutenção corretiva. Às vezes acontece perda de material, substituição da mão-de-obra, etc. Esses são os custos diretos que trazem impacto imediato à Empresas.

Os custos considerados indiretos são as indenizações judiciais, trabalhistas, pagamento de altos prêmios de seguro, ações por danos morais e à imagem.Geralmente, as empresas adotam metodologias de avaliação de custos na Segurança do Trabalho, com o objetivo de analisar as variáveis envolvidas em um acidente e os fatores ligados à frequência e gravidade, podendo assim, facilitar as tomadas de decisões sem correr o risco de haver negligência. Atualmente, as perdas de uma empresa com acidentes pessoais, danos à propriedade, meio ambiente estão sendo tratados no enfoque de gerenciamento de risco onde estima-se o custo efetivo dos acidentes para assegurar investimentos no sentido de reduzir os riscos ou até mesmo eliminá-los, viabilizando melhorias no processo, sempre no sentido de diminuir os custos para a empresa e para os cidadãos que sofrem com o impacto direto, devido ao acúmulo de encargos ou aumento da parcela de recolhimento dos contribuintes assumidos pela Previdência Social. 

Tudo isso sem contar, com o aumento no preço do produto oferecido aos clientes, neste caso os usuários (preço da passagem), prejudicando a economia do país, aumento das taxas dos seguros sociais, diminuição da força de trabalho e até mesmo aumento de impostos. Portanto, perguntamos quanto a CPTM está investindo por ano para diminuir os gastos com acidentes de trabalho? Qual é o seu plano de ação e qual é seu objetivo ou meta a ser alcançada? Se ela não fizer esforços para saber, quem pagará a conta mais uma vez, será o cidadão.

Por David Bason - Engenheiro de Segurança e Saúde do Trabalho – SINFERP

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

CIPA: Aspectos Jurídicos e Legais - Esse é o tema do próximo encontro realizado pelo SINFERP


CIPA: Aspectos Jurídicos e Legais - Esse é o tema do próximo encontro realizado pelo SINFERP, no dia 21 de Agosto de 2013, a partir das 19h00, na sede do Sindicato em Osasco/SP.

O encontro será ministrado pelo Advogado Marcelo Trigueiros e abordará temas como: Origem histórica, composição, integração, atribuições, principais objetivos e garantias - da CIPA, como também, a definição legal de Acidente de Trabalho e a Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT.

O objetivo é esclarecer as principais dúvidas  quanto a estes itens, e principalmente, em como devem ser aplicados no exercício do seu direito.

Especialista na área trabalhista, o Dr. Trigueiros, é graduado em Direito, e pós-graduado em Lato Sensu - pela PUC – SP. Atualmente, atende em seu escritório particular e integra o departamento jurídico em nosso Sindicato.


O curso é gratuito e está aberto a todos os ferroviários. O interessado poderá solicitar informações e fazer inscrição por intermédio do email: eventos@sinferp.org.br

Informações Gerais
Dia 21 de Agosto de 2013
Horário: À partir das 19h00
Local: Rua Dona Primitiva Vianco, 600 - Osasco- Centro 

No dia 14 os ferroviários estarão em movimento, no centro de São Paulo, exigindo apuração do PROPINODUTO na CPTM

No dia 14 deste mês, com início às 15 horas, e com concentração inicial no Vale do Anhangabaú, o SINFERP estará nas ruas da capital, protestando contra o escapismo do governo de São Paulo, e exigindo apuração do PROPINODUTO.

A concentração e a marcha contarão com a participação dos Sindicatos de Ferroviários da Sorocabana, Central do Brasil, Movimento Passe Livre, DCE Livre da USP, Sindicato dos Metroviários e outras entidades.

Se você puder, é nosso convidado para fazer parte do movimento. Se não puder, ajude-nos a divulgá-lo pelas redes sociais.

Abaixo a carta aberta que será por nós distribuída durante a marcha.






quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Motor da Decadência

Foto Ilustrativa / Fonte: Folha UOL 
Quando alguém toma uma decisão equivocada tem o dever moral de reconhecer e reparar o erro, isto é óbvio, ou deveria ser. Ainda mais se tratando de gerir uma empresa ligada ao Estado, mantida com o dinheiro de nossos impostos e que tem um Plano de Expansão a pleno vapor.

Pois bem vamos aos fatos:

O Governo do Estado de São Paulo tem feito uma forte propaganda para anunciar seu mais novo projeto de Expansão que prevê, entre outras coisas, trens novos, modernização e construção de estações. Nesta empreitada serão usadas toneladas de aço borracha e tinta. Até aí nenhuma novidade, qualquer reforma exige material, mão- de-obra e muito dinheiro - mas é aí que reside o problema.

Um dia desses pela manhã estava esperando o trem na plataforma da Barra Funda, observei que o trem sentido Júlio Prestes deixa um grande número de usuários, que para saírem desta plataforma, a fim de acessar o Metrô ou sair do sistema, tem que enfrentar duas estreitas escadas rolantes ou duas escadas fixas um pouco mais largas e mal posicionadas nas extremidades da plataforma.

Reza a lenda que quando a estação estava sendo projetada no terreno que outrora era o pátio de manobras da extinta FEPASA, os responsáveis  pelo sistema ferroviário foram consultados quanto ao número exato de escadas rolantes a serem instaladas, aí alguém decidiu que duas dariam conta do recado.

Hoje basta ficar quinze minutos observando para constatar o enorme erro de cálculo.

Utilizando as quatro escadas disponíveis, o último usuário deixa a plataforma quase 4 minutos após a partida do trem, hoje o intervalo entre trens no horário de pico é de 7 minutos com previsão de diminuição para 5 minutos. Não é uma questão de matemática, mas simples aritmética, ou seja, diminui-se o intervalo dos trens, aumentando o número de passageiros na plataforma aguardando para subir. Então, também neste caso, mais uma vez alguém tem uma ideia de realizar algo grandioso que acaba esbarrando na mediocridade de outra pessoa com uma visão estreita do futuro e que hoje vai preferir ficar no anonimato. A pergunta que não quer calar é “quem paga pelo erro?”

A propaganda diz que toda esta reforma vai dar um padrão Metrô aos trens da CPTM, eu pergunto, “o nosso padrão é tão ruim assim?”, tenho certeza que não! Temos bons profissionais trabalhando em nossos quadros, mas tivemos por anos a fio, maus gestores, que paulatinamente promoveram o desmonte de áreas vitais ao bom desempenho dos serviços de manutenção. Ela aproveitou um erro dela mesmo e achou ter motivos suficientes para terceirizar aquele serviço antes bem prestado pelo ferroviário.

Ao longo dos anos perdemos um grande número de ferroviários para o Metrô, seduzidos por um Plano de Carreira bem mais definido.

Pois é companheiro, esta é a política de precarizar para terceirizar e privatizar maus gestores provocam a precarização dos serviços, depois propõe a terceirização. Tudo “em nome das melhorias” e, por fim, ainda dizem que a iniciativa privada tem mais capacidade para administrar. Novamente pergunto “quem paga pelo erro?”

Agora você já sabe, o Motor da Decadência é a Incompetência dos maus gestores que se escondem no anonimato de salas e gabinetes torcendo para serem esquecidos, para depois voltarem a atacar de novo, em outra empresa ou setor como um vírus reiniciando o ciclo do desmonte!


Artigo de Evangelos Loucas (Grego) - Dirigente do SINFERP