Quando o assunto é morte relacionada ao trabalho,os números são simplesmente assustadores, e colocam em xeque as politicas de segurança adotadas por empresas públicas e privadas em todo o país.
Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), "a cada ano, acontecem 2,34 milhões mortes relacionadas ao trabalho. Deste total, 321 mil são referentes a acidente de trabalho e 2,02 milhões por diversos tipos de enfermidades relacionadas com o trabalho, o que equivale a uma média diária de mais de 5.500 mortes".
Cenário este, que infelizmente, alcança também a ferrovia.
Baseando-se em dados disponibilizados na intranet, imprensa e denúncias da categoria, calcula-se em média, que só no ano de 2011, foram
registrados 258 acidentes na CPTM, ou seja, ao longo de 12 meses uma média de um
acidente por dia. Destas ocorrências, 63 aconteceram
nas linhas 08 (Diamante) e 09 (Esmeralda), sendo: 41 com empregados terceirizados e 22 com
ferroviários. Vale ressaltar, que estes dados vão de um simples
escorregão a acidentes fatais.
Daí a importância de conhecer as legislações trabalhistas, pois, estas estabelecem parâmetros para garantir a segurança do trabalhador. Um bom exemplo de parâmetro é a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidente.
A importância dos CIPEIROS
No dia 22 de agosto, o SINFERP, realizou um encontro com ferroviários, dirigentes do Sindicato e atuais gestores da CIPA 2013, com o objetivo de fornecer subsídios de lei para a prática de gestão dos cipeiros.
Sempre comprometidos com os colegas, os cipeiros podem registrar os riscos, sugerir e cobrar as melhorias no ambiente de trabalho.
Caso os problemas não sejam solucionados pela empresa, o cipeiro, pode encaminhar suas denúncias ao Sindicato, e este como instituição, pode formalizá-la junto aos órgãos competentes.
Como a categoria pode contribuir?
Denunciar é a melhor forma de contribuição. Isso pode ser feito diretamente ao Sindicato, que garantirá sigilo absoluto quanto a identidade do trabalhador.