Leilão para implantação do TAV deve acontecer em dezembro deste ano
O Sindicato da Sorocabana participou de seminário sobre a viabilidade da construção do Trem de Alta Velocidade (TAV), realizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que aconteceu no dia 27 de Setembro, em São Paulo.
Foram apresentados e debatidos dados técnicos do trem e do projeto de implantação, que pode acontecer ainda em dezembro deste ano, caso haja algum interesse por parte de investidores. Para isso o Governo Federal está remodelando a licitação e deverá realizar o leilão até 16/12.
O evento contou com a presença de estudiosos e autoridades do setor ferroviário, entre eles, Hélio Mauro, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Aluízio Fagundes, Presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo, e o ex-presidente da Companhia do Metrô de São Paulo, Plínio Assmann.
De acordo com dados da ANTT, o projeto terá um investimento inicial de US$ 22 bilhões, podendo chegar a US$ 40 bilhões de dólares, com mais uma linha de crédito de US$ 20 bilhões. O Trem de Alta Velocidade fará a ligação entre Rio de Janeiro – São Paulo – Campinas e deverá iniciar suas atividades até 2014.
Também estima-se que o uso deste meio de transporte chegará a 30 milhões de passageiros só primeiro ano de funcionamento, e 100 milhões no segundo.
Uma questão de opinião
Durante o seminário realizado pela ACSP, o tema principal do evento dividiu as opiniões.
Confira algumas das declarações:
“Não é de hoje que a implantação do TAV está sendo avaliada. Existem projetos de 2007 que, com certeza, já eliminaram as dúvidas em relação a este modal. O TAV é um grande passo para a indústria ferroviária com alta tecnologia”.
Dr. Hélio Mauro França - Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)
“A grande questão aqui é aumentar a sinergia entre São Paulo e Rio de Janeiro, porém, precisa adequar a tecnologia que existe no mundo às condições locais. A demanda eu acho que ela existe, desde que esteja bem tratada a integração dos transportes, metrô com trem bala, ônibus, por causa da acessibilidade que nós temos. A segunda é analisar o nosso solo, nossa geologia. Antes de tomar decisões é necessário entender que tem de ser algo altamente seguro”.
Plinio Asmann - Ex-Presidente do Instituto de Engenharia e da Companhia do Metrô de São Paulo
Dentro de todo o conteúdo apresentado pela ANTT e demais presentes, existem pontos que ainda não estão esclarecidos, dentre eles, qual o planejamento para a manutenção deste sistema que, tal como os outros, necessita de manutenção de equipamentos, sinalização, mão de obra especializada, criação de novas linhas, garantias de segurança ao usuário, integração com outros modais, etc. Não se trata somente de entender a transferência da tecnologia, mas de como alcançá-la.
Por Camila Mendes
Da Redação