"Alheio ao caos que 2,4 milhões de passageiros por dia da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estão vivendo devido à greve dos trabalhadores da companhia e aos milhares de alunos das Etecs e Fatecs em todo o Estado, que estão sem aula, pela paralisação dos professores e funcionários destas instituições, o governo Alckmin não faz uma negociação que reponha, minimamente, as perdas salariais destas categorias, apesar do excesso de arrecadação de mais de R$ 1,5 bilhão atingido no primeiro quadrimestre do ano pelo governo do Estado", afirma o líder da bancada petista na Assembleia paulista, deputado Enio Tatto.
Segundo levantamento da assessoria técnica da Liderança do PT na Assembleia, a previsão é de que, até o final do ano, sejam arrecadados pelo governo estadual R$ 5 bilhões a mais que o previsto no Orçamento de 2011.
"Os trabalhadores reivindicam reposição de perdas salarias, mas o governador Alckmin segue a política antiga do PSDB que é a de arrochar salários", ressalta Tatto.
Nas escolas e faculdades de tecnologia, os professores estão parados desde 13/5 e, em audiência pública na Assembleia Legislativa, no dia 25/5, representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza denunciaram que os salários dos professores das escolas técnicas de São Paulo são os menores do país - o vale refeição é de apenas R$ 4 por dia, e já acumulam um perda salarial de 58%. O governo Alckmin ofereceu, a partir de julho, reajuste de 11%.
Também a pauta de reivindicações dos ferroviários é para reposição salarial com base no período de janeiro de 2010 a fevereiro deste ano, pelo maior índice (entre INPC, IBGE, IPC-Fipe e ICV-Dieese), aumento real de 5% e mudanças no plano de cargos e salários. A data-base é 1º de março e, de acordo com o sindicato da categoria, a CPTM propôs reajuste de apenas 3,25%.
Fonte: Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo
Fonte: Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo