A suspensão deveu-se a dois fatos:
Na manhã do segundo dia de greve (02/06), o secretário dos transportes chamou nosso sindicato para reunião, reabrindo as negociações, que avançou com as seguintes e novas conquistas: licença maternidade para 180 dias, correção nos salários de ingresso dos maquinistas com pagamentos retroativos e vale-refeição no valor de R$ 18,00. Além delas, comprometeu-se a estudar um novo plano de cargos e salários, pagamento de adicional de risco de vida ao pessoal das estações, isonomia entre salários de ferroviários e metroviários, bem como a reposição da inflação de 2010.
Na tarde do mesmo dia (02/06), no TRT, ficou determinado ao governo apresentar aos ferroviários uma proposta sobre os itens não acordados, e solicitado ao sindicato suspensão da greve, para que o governo tivesse tempo para formular nova proposta.
Em atendimento ao pedido do TRT, os ferroviários presentes à assembleia suspenderam o movimento paredista, mas mantiveram o estado de greve, aguardando por nova proposta do governo. Esse prazo, dado pelo próprio TRT ao governo, expira no dia 10/06.
Onde está o impasse?
O governo ofereceu 3,27% (sendo 1,75% de janeiro e fevereiro de 2011 + 1,5% de ganho real), enquanto o sindicato pleiteia a inflação de 2010 (IPC/Fipe) equivalente a 6,5% que, acrescido de 1,75% referente a janeiro e fevereiro de 2011, resulta em 8,25%.
Até o momento da impressão deste informativo, o sindicato não havia recebido nenhuma nova proposta da empresa. Próxima audiência no TRT ocorrerá às 13h do dia 10 próximo, e o julgamento no dia 15.
Estaremos mantendo a categoria informada sobre eventuais novidades. De qualquer forma, e sob qualquer hipótese, é importante que a categoria continue mobilizada, e que compareça à próxima assembleia:
DIA 10 DE JUNHO – 18 Horas – em frente à ESTAÇÃO JÚLIO PRESTES.
Por Camila Mendes
Da Redação