quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Sindicato faz séries de matérias especiais sobre a história da ferrovia

Daqui a dois anos, a ferrovia completa 160 anos de existência. 

Para comemorar isso, em 2012,  o Sindicato da Sorocabana fará uma série de matérias especiais com ferroviários, passageiros, Sindicalistas, museus, colecionadores, com o objetivo de contar de maneiras diferentes a história da ferrovia, dos ferroviários e do Sindicalismo desde seu surgimento até os dias de hoje. 


Tudo isso aqui no Movimento On Line. 

Não perca! 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Maquinistas realizam encontro de integração de final ano no Sindicato

Em clima de muita animação, churrasco e futebol os maquinistas das linhas 8 e 9 da CPTM realizaram  hoje (28), na sede social do Sindicato, o encontro de integração de final de ano do setor.

As reuniões já acontecem há quase um ano e tem como principal objetivo promover a união das duas linhas o que de acordo com os presentes,  revolucionou a comunicação e convivência no ambiente de trabalho entre os funcionários.

 “Sem dúvidas isso contribuiu para a união entre os colegas. Hoje, nos conhecemos melhor, trabalhamos em um ambiente descontraído, trocamos ideias, damos força um ao outro (se referiu aos últimos acidentes ocorridos na ferrovia), e sem dúvidas o Sindicato tornou-se uma extensão disso”, declarou Luan Teinji Mizuno, organizador do encontro.

Luan também citou a importância de ter o Sindicato como aliado não somente na época de negociações, mas também em momentos de integração e descontração em todos os outros setores.

A todos os maquinistas associados que tenham interesse em participar, os encontros acontecem na última sexta-feira do mês, das 15h00 às 19h00, na sede social do Sindicato da Sorocabana - Rua Reverendo João Euclides Pereira, 29 - Presidente Altino / Osasco (SP).

Informações gerais:

A área social está aberta a todos os ferroviários associados e  dependentes. Para maiores informações entre em contato com (11) 3681-8550 ou secretaria@sinferp.org.br

Por Camila Mendes / Redação 

Inscrições da CIPA iniciam em Janeiro


A partir do dia 09 até 24 de Janeiro, todos os ferroviários interessados em fazer parte da CIPA 2012/2013 poderão se inscrever nos locais divulgados oportunamente pela Comissão Eleitoral do atual mandato.

A votação está prevista para acontecer entre os dias 13 e 15 de Fevereiro de 2012.


Fique atento as convocações da comissão,segurança no ambiente de trabalho tem que ser levado a sério. 

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Recesso judiciário suspende prazos processuais

Teve início no última dia 20 de Dezembro  o recesso judiciário, fixado pela Lei nº 5.010/1966 (artigo 62, inciso I), que vai até o dia 6 de janeiro. Nesse período, o Tribunal Superior do Trabalho funcionará em sistema de plantão, com atendimento específico para as causas urgentes, como mandados de segurança, medidas cautelares, reclamações correicionais, habeas corpus, dissídio coletivo de greve em atividade essencial e, eventualmente, pedidos de efeito suspensivo. As causas urgentes serão objeto de deliberação do ministro João Oreste Dalazen, presidente do Tribunal. 
Os prazos processuais ficam suspensos, por determinação legal, até o dia 1º de fevereiro de 2012, quando o Tribunal retoma suas atividades jurisdicionais. 
Durante o recesso, o atendimento ao público externo, em regime de plantão, será das 14h às 18h. 

Fonte: www.tst.gov.br 

SINDICATO INFORMA: Como consultar o andamento do processo dos tíquetes?

Imagem: idadecerta.com.br 
O Sindicato da Sorocabana informa que devido alteração no endereço do site do Tribunal Superior do Trabalho, alguns associados não conseguiram acessar o andamento do processo dos Tíquetes.

Portanto, para consultar o andamento deste processo, agora é só entrar no site: www.tst.gov.br, clicar na opção: Consulta Processual - Consulta pela identificação no TST – Numeração Antiga - Digitar o número 0444 - Ano 2002 – Vara 44 –  Clicar em consultar.

Pronto!

É só procurar pelo processo que conste o nome da empresa e do Sindicato da Sorocabana.

Qualquer dúvida é só entrar em contato conosco no telefone (11) 3681-8550 – Falar com a Camila. 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Dissídio Coletivo 2007 - Últimas Notícias

O julgamento do Dissídio Coletivo de 2007, realizado pelo Tribunal Superior do Trabalho em fevereiro deste ano, determinou que a CPTM assegurasse aos ferroviários representados pelos Sindicatos da Sorocabana e Central do Brasil, durante a vigência de norma coletiva, os seguintes benefícios: Direito a um abono (prêmio especial) no valor de R$ 827,92 (oitocentos e vinte e sete reais e noventa e dois centavos), a ser pago em duas parcelas de R$ 413,96 (quatrocentos e treze reais e noventa e seis centavos), Adicional Noturno de 50%, Adicional de Horas Extras de 100%, Adicional de Risco de Vida de 15% para o pessoal de estação, Salário Substituição, Estabilidade Auxílio Doença, Abono de Falta para empregado estudante e Acessibilidade aos empregados portadores de necessidades especiais, não cumpridas pela empresa.

Diante deste quadro de descumprimento da sentença por parte da CPTM, o Sindicato da Sorocabana vai entrar com duas ações na condição de substituto processual em nome dos associados da entidade ainda em 2011, sendo, uma para receber o abono e a outra para o Adicional de Risco de vida do pessoal de estação.


Em relação ao abono, terão direito todos os associados ao Sindicato que trabalham na empresa desde 2007, já no caso do Adicional de Risco de Vida, terão direito os que exercem entre Janeiro de 2007 a 31 de Agosto de 2008, ou exercem ainda, as funções de Agente Operacional I/II, Encarregados de Estação e Chefe Geral de Estação.

O Sindicato fará uma convocação posteriormente para esclarecimentos e preenchimento das fichas de qualificação. Todos deverão ficar atentos à convocação do Sindicato.

Quem quiser acompanhar o andamento do processo pela internet, é só entrar no site do Tribunal Superior do Trabalho:  www.tst.jus.br  e digitar o número: 2036800-70.2007.5.02.0000

Para maiores informações, entre em contato com o Sindicato pelo telefone: (11) 3681-8550 ou atendimento@sinferp.org.br

Por Camila Mendes / Da Redação 

PCCS - CPTM apresenta um plano sem plano

No dia 13 de Dezembro, o Sindicato e a empresa estiveram reunidos no DRHT da Lapa para apresentação da proposta do Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCS e suas respectivas estruturas e mais uma vez a CPTM agiu de forma unilateral.

A CPTM apresentou um plano elaborado por ela que, além de não ter tido a participação dos Sindicatos, não apresentava nenhum estudo de mercado ou estatístico.

O Sindicato declarou ser contra a forma de apresentação, pois o material apresentado não serve como objeto de debate, pois, faltam informações para um estudo mais detalhado e exigiu a participação dos Sindicatos na elaboração do novo plano.


Confira na íntegra a apresentação do Plano de Cargos e Salários


 Clique para baixar a apresentação 





Por Camila Mendes / Da Redação 

SINDICATO INFORMA:

No mês de janeiro - 2012 , a subsede de Presidente Altino contará com o atendimento do Advogado em Direito Previdenciário, Dr. Lucas Ronza Bento.

O principal objetivo é reinserir trabalhadores com sequelas por acidentes ou doenças de qualquer natureza ou remanejar o empregado de posto de trabalho, de forma preventiva.

Os plantões serão realizados todas as terças- feiras no horário das 09h00 às 13h00.

Para maiores informações sobre os plantões,
entre em contato pelo telefone: (11) 3681-8550 ou  juridico@sinferp.org.br

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Trem da CPTM descarrila perto da estação de Osasco (SP)



Por volta das 15h15 da tarde desta quarta-feira, um trem da série 7000 da CPTM descarrilou na saída da estação de Osasco, no sentido Júlio Prestes. 

O trem não transportava passageiros e estava sendo recolhido ao pátio de Presidente Altino.

Dois rodeiros saíram dos trilhos quando passavam por uma chave de mudança de via.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O pensamento "suburbano" dos gestores da CPTM, visto pela exterioridade de suas ações (artigo)

Se acidentes formam (ou deveriam formar) a preocupação maior de construtores, mantenedores e operadores de qualquer modal de transporte de pessoas, por dedução pode-se imaginar que segurança deva ser ovalor primeiro no pensamento e nas ações desses atores.

Esse valor é facilmente observado no transporte aéreo de passageiros. Desde cuidados com detalhes nos aeroportos, até detalhes nas operações de embarque e desembarque, sem dizer nos detalhes de bordo.

Vemos que segurança é valor nas estações, nos acessos, nas plataformas, nos procedimentos e nas composições do metrô.

Vemos esse mesmo valor no sistema (estações, acessos, plataformas, procedimentos e composições) de trens metropolitanos da CPTM? Se tomarmos os aeroportos, as companhias aéreas e o coirmão metrô como parâmetros, podemos literalmente afirmar que não.

É óbvio que, se tomarmos a bandalheira da SuperVia (trem metropolitano privado do Rio de Janeiro) como modelo para comparação, a CPTM é um exemplo de virtudes. Mas, como não estamos no Rio de Janeiro, vamos ficar com os correlatos paulistas.

Segurança não significa ver dois agentes terceirizados andando para lá e para cá – no estilo Cosme e Damião - nas plataformas, e tampouco a garantia de que os trens circulam com as portas fechadas.

Segurança é - além de uma questão material -, uma sensação, mas que forma-se a partir de impressões compostas por “sinais” materiais.

Os entornos das estações ferroviárias são horríveis. Ambientes escuros, sujos, abandonados, degradados, compostos de comércios molambentos, e de personagens sinistros.

As estações são feias, desprovidas de qualquer estética, construídas com materiais de segunda, sujas, escuras, descuidadas, e convidativas apenas para a passagem (de onde passageiros) mais rápida possível. Nada nelas evoca sentimentos de admiração, contemplação ou orgulho. Não têm nenhum conforto, nem mesmo o mínimo para atender necessidades primárias de seus passageiros (daqueles que estão de passagem).  Mesmo nas recém informadas impera o espírito do puxadinho funcional.

Plataformas inseguras, desprovidas de sinalização e de agentes orientados para informação e cuidado dos usuários. É um verdadeiro perigo ficar na linha de frente quando lotada de passageiros a espera do próximo trem, sem contar a ausência dos referidos agentes para disciplinar entrada e saída de passageiros. Salve-se quem puder.

A distância e a altura entre a plataforma e a porta do trem são variáveis, e quase sempre para pior, isto é, concorrem para com a insegurança no embarque e desembarque. De repente, o trem apita, fecham-se as portas e parte. Salve-se quem puder.

Dentro das composições, continuam os “sinais” de descuido e insegurança. Nem sempre funcionam os autofalantes que anunciam as estações, e os painéis de indicação luminosa delas, nos trens novos, simplesmente estão desativados. Nas composições antigas, os vidros (na verdade acrílicos) estão tão riscados que é impossível ver o que passa no exterior. Talvez para que o passageiro não veja a feiura das vias, dos muros e a ferrugem dos pórticos. Nas estações, indicativos do local ficam concentrados em poucos pontos, sem que o passageiro saiba onde está. Salve-se quem puder.

Se o trem quebrar no meio do trajeto (o que não é incomum), os passageiros precisam literalmente saltar para os pedregulhos da via, de uma altura perigosa até mesmo para jovens em boa forma física, correndo riscos de todas as espécies. Nem escadas e nem agentes para ajudar. Salve-se quem puder. Na verdade, salvam uns aos outros, por conta da solidariedade típica dos sofredores. Ao exemplo de tudo, entregues a própria sorte.

Quem não cuida nem mesmo dos sinais exteriores, o que dizer daqueles ainda mais importantes, e que não estão sob o olhar ou capacidade de avaliação crítica dos usuários?

Dizem que o melhor lugar para conhecer a higiene de um restaurante não é o salão de serviço e nem a cozinha, mas o banheiro. Correto.

Se a preocupação com segurança da CPTM é a que mostra pela porta da frente, qual será a da porta do fundo? Bem, talvez o lado que dela conhecemos seja a porta do fundo.

O povo não ajuda, dizem os administradores. Não ajuda, é verdade, mas quem cuida do que nem o dono (ou administrador) cuida?

Estações de trens metropolitanos não podem ser dimensionadas - por seus administradores -, como se fossem estações rodoviárias, cujo descaso também não se justifica. Seus usuários costumam ser cativos, são usuais, mais do que meros usuários.

As pessoas cuidam do que gostam - como de praças e lugares públicos dos quais se apropriam -, isto é, que dê a elas um sentimento de pertinência. A direção da CPTM não tem capacidade de pensar, e menos ainda de criar ambiência para tal. Não é capaz de emprestar alguma alma as suas dependências e serviços.

A impressão que fica é que seus administradores estão convencidos da situação frágil de seus passageiros – normalmente sem outras opções de transporte – e faz deles reféns do “para eles está muito bom”. Afinal, estão aumentando o número de trens, reduzindo os intervalos entre eles e, portanto, danem-se os passageiros se não oferecem “perfumarias”, dentre elas a segurança, que vai muito além do mero viver ou morrer.

Exagero? Para quem desconhece, basta perguntar para qualquer usuário, que, na melhor das hipóteses dirá – “já foi pior”.

Por : Rogério Centofanti

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O Sindicato denunciou e imprensa noticiou: Alckmin extingue delegacia que investigava acidentes da CPTM

A 3ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente, o Meio Ambiente do Trabalho e as Relações do Trabalho, ligada ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) foi extinta por um decreto do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no dia 29 de novembro, dois dias depois do acidente da Companhia Paulista de Trans Metropolitanos (CPTM) que matou três trabalhadores da empresa.



O órgão, que investigava as causas do acidente, passou a se chamar Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente. O fato veio à tona a partir da denúncia feita pelo Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana, que acompanha as investigações.


Questionada sobre o porquê de sua extinção, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que a decisão “foi baseada na otimização dos recursos humanos e materiais”. Vale registrar, ainda, que a SSP divulgou uma informação errada sobre a data da publicação no Diário Oficial, afirmando que sua extinção teria sido no dia 28 de novembro, uma segunda-feira. O mesmo decreto cria o Grupo de Operações Especiais (GOE) no Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania.


“Para nós eles não disseram nada. Não temos a posição oficial do lado deles sobre a extinção da delegacia. Ficamos sabendo por um veículo de imprensa, que tentou contato com a delegacia para apurar e tomou conhecimento. Atuo há mais de 20 anos no sindicato e nunca vi algo assim. É no mínimo estranha essa coincidência. Ainda estamos atrás do delegado que estava responsável pelas investigações para entender o que houve”, afirmou Everson Craveiro, presidente do Sinferp.


O atropelamento de quatro funcionários da CPTM, que resultou na morte de três deles, foi registrado na Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom) e encaminhado à 3ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente, o Meio Ambiente do Trabalho e as Relações do Trabalho, do DPPC. Segundo o titular da Delpom, Valdir de Oliveira Rosa, com a extinção, o inquérito policial seguiu para o Fórum e deverá retornar para a Delegacia de Polícia do Metropolitano.

Everson Craveiro contou que o sindicato esteve na 3ª Delegacia Seccional no setor de investigações gerais de Osasco, em São Paulo, procurando informações sobre o delegado Archimedes Cassão Veras Junior, até então responsável pelo inquérito que vitimou os três trabalhadores do primeiro acidente, onde foi dito que não seria possível encontrar o delegado, pois não sabiam para onde ele teria sido transferido, já que sua seção (Investigação de Infrações do Ambiente de Trabalho) havia sido extinta. Posterior a isso, Craveiro disse que descobriram que Archimedes Veras Junior teria saído de férias. A SSP não confirmou a informação. 

Craveiro alerta sobre a precariedade na condução da investigação que, segundo ele, deveria estar aos cuidados de uma delegacia especializada, e não da Delegacia de Polícia do Metropolitano, localizada na Estação Palmeira-Barra Funda. 

"Fico indignado com a falta de gestão específica do sistema de segurança. Há procedimentos de segurança, mas são duvidosos. Falta treinamento e pessoal. Eles investem na compra de trens, mas também é preciso mais treinamento", concluiu o presidente do sindicato.

Outro fato que Craveiro estranha é a falta de repercussão na grande mídia sobre a extinção da delegacia. "Eles (grande mídia) têm as informações. Não sei porquê estão segurando", questionou o dirigente sindical.

A CPTM abriu sindicância interna, logo após o acidente, e tem 30 dias para apresentar a conclusão, que pode resultar numa revisão dos procedimentos de segurança. 

No madrugada de domingo (27), os funcionários trabalhavam quando foram mortos atropelados por um trem de passageiros, entre as estações Brás e Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo. Segundo a companhia, as vítimas estavam transitando nos trilhos da Linha 11-Coral, sentido Luz, quando foram atingidas pela composição. Depois de testar um novo trem, os quatro caminhavam sobre a linha, o que seria proibido. A companhia diz que eles estavam sem os equipamentos de proteção, entre eles, o colete refletivo.

Outro acidente 

Cinco dias depois, dois trabalhadores também morreram atropelados, em Barueri, na Grande São Paulo, quando realizavam inspeções nos trilhos. Edgar Antônio Dalbo, de 55 anos, e Antônio Camilo Severino, de 63 anos, foram pegos de surpresa por uma composição que seguia no sentido contrário da linha. 

“Eles (trabalhadores) saíram com uma ordem de serviço autorizando a ida deles até o local, para verificar o boleto da linha férrea, que é a parte superior do trilho, onde as rodas do trem ficam apoiadas. Para fazer isso, muitas vezes é necessário ficar no trilho, ou bem próximo a ele”, explicou o dirigente sindical Evangelo Lucas, conhecido como Grego, que esteve no local onde, na manhã de hoje (2), Edgar Antônio Dalbo, de 55 anos, e Antônio Camilo Severino, 63, faziam uma inspeção de rotina em uma linha de trem quando foram atingidos por uma composição de passageiros que estava vazia.

No entanto, a CPTM afirmou, em nota, que eles estavam autorizados a realizar inspeções ao longo da faixa ferroviária, mas não deveriam acessar os trilhos. Com relação a esse outro acidente, o titular da Delegacia de Barueri, Francisco Missaci, relatou que o caso foi registrado na delegacia e o inquérito policial foi instaurado e prossegue na própria Delegacia de Barueri.


Fonte: Portal Vermelho - Revista Caros Amigos On Line 

sábado, 17 de dezembro de 2011

A maquinista da CPTM que evitou o pior (artigo)

Na manhã do dia 15 de Dezembro, graças à ação rápida de uma maquinista da CPTM, foi evitado um acidente que poderia ter tido grandes proporções.

Após entrar com um trem da série 5000 no Pátio de Barueri - para retornar em sentido contrário -, a maquinista executou todas as operações recomendadas, isto é, parou o trem, manteve as disjuntoras em permanência, retirou os manetes de comando e freio (quando, neste momento, o trem aplica automaticamente freio de segurança), recolocou-os no "painel ZUM" situado no armário atrás do banco do maquinista, e saiu da cabine fechando-a por fora, exatamente como recomendado.

No momento em que a maquinista se dirigia à outra cabine (no lado extremo) pelo lado externo do trem - caminhando pelas pedras ao lado da via -, percebeu que o trem estava se movimentando. Então, retornou rapidamente à cabine, esforçou-se para abrir a porta que havia fechado com chave (com o trem em movimento) e, por meio de ação rápida, acionou o freio de emergência e conseguiu evitar mais uma tragédia neste fim de ano.

Se a maquinista não conseguisse realizar rapidamente esta manobra, possivelmente o trem correria desgovernado para a Estação de Jandira, pois estacionado em trecho de descida entre as Estações de Barueri e Jandira.

Após os testes o trem foi recolhido à Oficina de Trens em Presidente Altino.

O Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana constatou, junto à equipe de manutenção, que havia uma falha no sistema de freio do trem, falha essa que ocasionou sua movimentação, a saber, vazamento em uma das válvulas do bloco de comando (PBA2S).

Vale lembrar que esta série de trem é da década de setenta e, em junho de 2010, sua manutenção (que era realizada pelas equipes da CPTM) passou a ser feita pela empresa CTRENS, subcontratada da Espanhola CAF. De lá para cá a confiabilidade nestes trens caiu consideravelmente, obrigando a CPTM a injetar trens de outras séries para satisfazer a demanda de passageiros na Linha 8 Diamante, que tem inicio na Estação Júlio Prestes e término na Estação de Itapevi, atravessando 6 municípios, e transportando diariamente cerca de 500 mil usuários.

Desde o inicio do processo de terceirização, o Sindicato opôs-se a essa prática, e por diversas vezes alertou a direção da empresa quanto aos possíveis riscos que esta decisão poderia trazer aos usuários, pois a CPTM dispunha em seu quadro de profissionais gabaritados para atender as peculiaridades que esta série de trens exige em relação a sua manutenção, mas foi ignorado.

Restou ao sindicato ajuizar ação civil pública contra a CPTM, e subsidiar o Ministério Público com informações visando o cancelamento do contrato. Até o momento não há manifestação do Ministério Público.

Na política atual da direção da CPTM de primeiro incriminar, para depois apurar, não há dúvida de sobre quem iria recair a culpa desse eventual terrível acidente – a maquinista.  Não causaria espanto se aparecesse alguém afirmando – “tinha que ser mulher”.

Alessandro Viana

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sindicato fala sobre desaparecimento de delegacia que deveria investigar mortes na CPTM

Em entrevista a Rádio Agência NP nosso Sindicato falou da perda da população com a extinção da delegacia e da falta de legitimidade nas investigações. 


Confira entrevista na íntegra: 


Por Camila Mendes / Da Redação 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O descarrilamento do trem da CPTM - relato de diretor do sindicato

Ontem, 14 de Dezembro, após saber descarrilamento com um trem da Série 5000, com passageiros a bordo, entre as Estações Comandante Sampaio e Osasco na Linha 8 da CPTM, me dirigi ao local para acompanhar a equipe de Socorro.

A primeira situação encontrada no local foi em relação à dificuldade dos usuários em desembarcar na Via sem escadas apropriadas e terem que caminhar pelos trilhos até a Estação mais próxima e subir na plataforma.

Pobre usuário com sua roupa limpa, com seu sapato de salto, com suas sacolas, com seus filhos ou crianças de colo ou com deficiência física, enfim, pobre usuário pobre.

Outro martírio passou a equipe de socorro em função da dificuldade de acesso e material obsoleto com que faz seu já difícil e perigoso trabalho de colocar o trem de volta nos trilhos e restabelecer a circulação.

Além do mais, flagrei diversos trabalhadores sem os Coletes reflexivos andando sobre a Via, inclusive gestores da empresa que estiverem no local.

Há muitos anos que as equipes de manutenção de restabelecimento solicitam à CPTM acesso à Via através de portões instalados em locais específicos, mas seus pedidos não foram ignorados pela empresa.

Em 2007, quanto assumi o cargo de vice-presidente da CIPA 7 (Manutenção), protocolei o pedido dos trabalhadores através da CI. 014/07, mas, mais uma vez nada de atitude por parte da empresa em resolver o problema, prefere que os trabalhadores se desloquem por longo trecho pela Via com equipamentos, quando não, os usuários passam por isso, sufoco que pode ser minimizado pela empresa.

O argumento do Presidente anterior Sergio Aveleda, é a de que, os portões trariam mais ocorrências devido às invasões na Via Ferrea.

Será que é tão dificultoso para uma empresa do porte da CPTM administrar este tipo de acesso? Além do mais, diminuiria os riscos de acidentes com empregados e usuários em casos emergenciais.

Fica aqui este relato lembrando que entrarei em contato com a CPTM para cobrar providencias.

Quanto ao fato que desencadeou o Acidente, nada foi dito, pois após o trem ser recolocado nos trilhos, este foi enviado à Oficina e, segundo a equipe de manutenção, até o presente momento não foi possível avaliar o que ocasionou o descarrilamento em função da morosidade da CTRENS em efetivar a perícia no Trem.

Por Alessandro Viana - Dirigente Sindical 

Sindicato da Sorocabana fala a Radio Agência NP sobre as mortes dos ferroviários

Na última sexta - feira (09/12), nosso Vice-Presidente Éverson Paulo dos Santos Craveiro, concedeu uma entrevista exclusiva a Rádio Agência NP, sobre os acidentes ocorridos na CPTM entre os dias 27 de Novembro e 02 de Dezembro que, vitimaram cinco trabalhadores. 


Durante a entrevista, nosso Sindicato reafirmou que os  atropelamentos foram causados por uma sucessão de erros da Companhia, que não cumpriu as normas de segurança estabelecidas nos acordos coletivos.

Confira a entrevista na íntegra



Por Camila Mendes / Da Redação 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Últimas notícias: Trem descarrila perto da estação de Osasco (SP)


De acordo com a CPTM, o acidente aconteceu por volta das 18h45 e ninguém ficou ferido. 

Uma equipe do nosso Sindicato já se dirigiu ao local para averiguar as causas do acidente,  em breve traremos maiores informações. 

TST abre consulta ao cadastro de devedores

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) abrirá, na próxima quinta (15), um processo de consulta prévia ao Banco Nacional de Devedores Trabalhistas – que reúne dados sobre condenações definitivas na Justiça do Trabalho, cujos débitos ainda estejam em fase de execução. O cadastro servirá de base para a emissão da Certidão Negativa de 

Débitos Trabalhistas (CNDT), que a partir de 4 de janeiro será exigida de empresas que queiram participar de licitações do governo.

O banco de dados também estará disponível para consulta pública. Durante esse período, será possível emitir certidões negativas em caráter informativo, mas sem valor legal, pois o cadastro está em fase de consolidação.

A expectativa do presidente do TST, ministro João Dalazen, é que a certidão funcione como mecanismo de coerção para que as empresas cumpram as condenações trabalhistas. Ele ressalta que, de cada cem empregados que ganham uma causa na Justiça do Trabalho, somente 31 recebem seus créditos. Segundo o ministro, a atualmente, cerca de 2,5 milhões de trabalhadores esperam para receber valores já reconhecidos em decisões judiciais.

Mais informações:

Conteúdo e Imagem : Agência Sindical 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A Delegacia que sumiu

Imagem: skyscrapercity.com
Após os acidentes recentemente ocorridos na CPTM, o Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana (base CPTM)  foi informado de que a Delegacia de Investigação de Infrações do Ambiente de Trabalho - que investigaria o primeiro deles -, foi extinta um dia depois do segundo acidente.

Em busca da veracidade, estivemos na 3ª Delegacia Seccional no setor de investigações gerais de Osasco, em São Paulo, a procura de informações sobre o delegado Archimedes Cassão Veras Junior, até então responsável pelo inquérito que vitimou os três trabalhadores do primeiro acidente.

De acordo com informações de funcionários do local, não seria possível encontrar o delegado, pois não sabiam para onde ele teria sido transferido, já que sua seção (Investigação de Infrações do Ambiente de Trabalho) havia sido extinta. Também fomos informados de que diante da extinção da seção o delegado está de férias, e aguarda a definição de seu novo posto de trabalho.

O Sindicato continua a procura do delegado Archimedes para obter maiores informações, com o objetivo de esclarecer os fatos informados.

As investigações, que deveriam estar aos cuidados de uma delegacia especializada, estão sob responsabilidade da Delegacia de Polícia do Metropolitano, na Estação Palmeiras-Barra Funda.


Por Camila Mendes / Redação 

SINDICATO INFORMA:

O Sindicato da Sorocabana informa que excepcionalmente nesta sexta-feira (16),  a partir das 12h00, encerrará seu expediente, devido a um encontro de funcionários do Sindicato. 

Voltará a atender na segunda-feira (19), à partir das 08h00 até às 17h00.

Maiores informações pelo telefone: (11) 3681-8550 ou secretaria@sinferp.org.br 



segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

As mortes na CPTM que não podem cair no esquecimento dos ferroviários

Nosso sindicato está fazendo o possível para reverter a injustiça da qual nossos colegas falecidos foram vítimas: serem acusados pela direção da CPTM de culpados pela própria morte. Foram, portanto, vitimados duas vezes – pelos acidentes e pelas acusações da direção da CPTM.

Com a responsabilidade e maturidade que a situação exige, fizemos um levantamento sobre os acidentes, conversamos direta e indiretamente com pessoas envolvidas, nos cercamos de documentos, etc. De posse desses dados redigimos e enviamos nota para muitos veículos de comunicação, visando apresentar a versão dos ferroviários e defender os colegas mortos das acusações irresponsáveis a eles imputadas pela direção da CPTM.

A nota foi a seguinte:

O Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana – base CPTM – apresenta informações objetivas que apurou até o momento sobre os dois acidentes – ocorridos em espaço de cinco dias -, que vitimaram cinco trabalhadores.

Os dois acidentes se deveram a uma sucessão de descuidos, isto é, “as normas para execução de obras e serviços ao longo da via férrea” não foram cumpridas principalmente por terceiros que deveriam estar envolvidos nos serviços dos ferroviários vitimados, mais do que pelos executantes, como sentenciou de imediato a direção da CPTM.

Item b, 4.2 (Proteção Coletiva) da NS.DO/002 da CPTM: “Em serviços ao longo da via que necessitem cautela disponibilizar, no decorrer do período de trabalho,dois sinaleiros com apitos apropriados que devem ficar a 450 m atrás e a 450 m à frente do local dos trabalhos. Quando se tratar de curvas ou locais de difícil audição, atentar para a necessidade de colocar, a uma distância menor do obstáculo, outros sinaleiros com apitos ou prever sistema sonoro e/ou visual automático, que indique a aproximação de trem. O local de execução dos serviços deve ser identificado e todos os empregados informados sobre a área de escape, na eminência de circulação de trens no trecho de serviço.”

No primeiro acidente (27/11), os ferroviários tinham uma ordem de serviço: os trens “deverão sair da Oficina Engenheiro São Paulo e executar teste de rampa na Estação Dom Bosco”. Continua a ordem: “após os testes, os TUEs (os dois trens em teste) retornam para a Oficina São Paulo. Tração: providenciar piloto”.  Os trens não saíram da Oficina Engenheiro São Paulo – pois estavam estacionados no trecho - e os ferroviários (inclusive piloto e maquinista) a eles chegaram de “carona” em outro trem. Terminado o serviço - por motivos que cabe a CPTM esclarecer -, os ferroviários regressaram pelos trilhos, pois não havia trem para trazê-los de volta, e tampouco área de escape. Foi nessa condição que foram atropelados. Como se observa, uma ordem de serviço liberada por gestores da empresa não ocorreu conforme prevista e descrita. Também não se fez acompanhar por nenhum dos procedimentos da NS.DO/002 acima descritos.  Em resumo: tudo falhou.

No segundo acidente (02/12), os ferroviários também tinham uma ordem de serviço: realizar “inspeção e levantamento topográfico”, ao “longo da linha”. Isto significa verificar o estado de trilhos, dormentes, fixadores, etc. Parte dessas atividades consiste, por exemplo, em medir desgaste dos trilhos, etc., - e devidas anotações - o que implica em trabalhar na linha, e não ao lado dela. O trabalho, de acordo com a ordem de serviço, seria executado “sem interferência operacional” (medições apenas, portanto), “sendo obedecidas as normas e procedimentos vigentes”. Ao exemplo do primeiro acidente, nenhum dos cuidados descritos na NS.DO/002 (acima) foi providenciado pelos setores competentes da empresa. Enquanto trabalhavam, mesmo sem as medidas de segurança exigidas – e tampouco a eles providenciadas -, um trem por eles passou. Quando no destino, o maquinista desse trem foi comunicado que deveria retornar, mas no “sentido contrário”, isto é, pela mesma via na qual estava trafegando. Sem ser comunicado da presença dos colegas que ainda trabalhavam na via, e eles que o trem retornaria pela mesma linha (além da ausência de sinalização), deu-se o choque, e ambos morreram. Em resumo: tudo falhou.

O Sindicato está a disposição para maiores esclarecimentos, bem como para apresentação dos documentos de que dispõe.

A mensagem é objetiva, concisa, mas contém elementos que podemos provar, inclusive com base documental.

Até o momento nenhum desses veículos nos procurou para obter maiores esclarecimentos. Para a grande mídia o “caso” dos ferroviários mortos é passado, prato requentado. Não podemos fazer nada quanto a isso, pois essa é a natureza do negócio das comunicações. A CPTM dará a história por encerrada, e o Secretário dos Transportes Metropolitanos sentenciou que os acidentes foram “fatos isolados”.

Quem precisa manter esse “caso” aberto somos nós – ferroviários. Uma iniciativa notável partiu espontaneamente de ferroviários, com o cancelamento da festa de final de ano que seria promovida pelos colegas das oficinas de Presidente Altino. Afinal, comemorar o que?

O sindicato está procurando maneiras de participar diretamente das investigações. No plano jurídico, atuaremos nos campos sindical, cível e criminal. Fomos informados de que a 3ª Delegacia de Investigação de Infrações do Ambiente de Trabalho - que investiga o primeiro dos dois acidentes – foi extintaimediatamente depois do segundo, e estamos apurando a veracidade, que, se confirmada, é muito grave.

Aprendemos na greve deste ano que não podemos contar com nada e com ninguém. Aprendemos, entretanto, a contar conosco – os ferroviários.

Éverson Paulo dos Santos Craveiro – vice-presidente do Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana