terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sindicato da Sorocabana reclama falta de segurança na CPTM

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Transporte de Passageiros da Zona Sorocabana (SINFERP) anunciou, ontem, 5/12, durante uma coletiva de imprensa, que entrará com um ofício pedindo a apuração completa do acidente que vitimou dois funcionários da CPTM, na última sexta-feira, 2, em Barueri, Grande São Paulo.

Os sindicalistas reclamam da preciptação do gerente-geral de manutenção da CPTM, Evaldo José dos Reis Ferreira, que afirmou à imprensa, algumas horas depois do acidente, que o ocorrido teria sido negligência dos próprios funcionários que, segundo a CPTM, não deveriam andar sobre a via. Além disso, os trabalhadores cobram melhorias na sinalização da via e afirmam que a empresa não cumpre todas as normas de segurança.

Segundo o presidente do SINFERP, Éverson Craveiro, a CPTM não cumpriu os procedimentos de segurança presentes na ‘Norma de Serviço’, artigo 4.2 - Proteção Coletiva, onde é prevista a sinalização adequada para evitar acidentes e a comunicação entre todos os envolvidos.

“O CCO [Centro de Controle de Operações] mandou o trem retornar para a oficina pela mesma via que ele tinha passado, sem comunicar aos trabalhadores, que foram pegos de costas”, afirma Craveiro. Para ele, se a companhia tivesse utilização a sinalização correta, o acidente teria sido evitado.

Para diminuir o tempo de viagem e os intervalos entre os trens, o sindicato afirma que a CPTM expõe os funcionários a riscos de morte. “Esse tipo de operação realizada pelos Assistentes de Serviços de Manutenção I e II, mortos no acidente, deveria ter sido acompanhado por um técnico, que estava de folga no dia, porque havia feito hora extra”, acusa Éverson.

O acidente da última sexta-feira foi o segundo caso em cinco dias em que funcionários da CPTM morrem atropelados. Segundo o SINFERP, somente em 2011 ocorreram 16 acidentes fatais nas linhas da companhia.

O sindicato espera que a CPTM se manifeste e apure esse acidente. Caso isso não ocorra, os trabalhadores irão paralizar as operações.

Fonte: Revista Ferroviária